EUA expressam preocupação com governo "mais direitista da história" de Israel
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Washington, 26 mai (EFE).- Os Estados Unidos expressaram nesta quinta-feira sua preocupação com o pacto político de governo anunciado ontem pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que dá poder à "coalizão mais direitista na história de Israel" e coloca dúvidas sobre seu apoio a uma solução de dois Estados.
"Sabemos que esta é a coalizão mais direitista na história de Israel. Vimos, ou sabemos, que muitos de seus ministros disseram que se opõem a uma solução de dois Estados", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, em sua entrevista coletiva diária.
"Isto coloca perguntas legítimas sobre a direção à qual pode dirigir-se o novo governo israelense e o tipo de políticas que vai adotar. Julgaremos este governo pelo rumo que adote e pelas ações que tome a partir de agora, mas, sim, estamos preocupados", acrescentou o porta-voz.
Netanyahu anunciou na quarta-feira a incorporação do partido nacionalista Yisrael Beiteinu a seu governo, em uma decisão pela sobrevivência política com a qual aplacava uma possível rebelião dentro da ala mais direitista de sua própria legenda, o Likud.
A provável entrada do político nacionalista e líder do Yisrael Beiteinu, Avigdor Lieberman, eriçou a pele dos membros do campo pacifista israelense, que advertem para uma possível radicalização do Executivo de Netanyahu, considerado o mais direitista da história política do país.
Lieberman reconheceu nesta quarta-feira que tinha dito "coisas que não deveria nunca ter dito", abrindo passagem para assumir a pasta da Defesa, a segunda mais prestigiada em Israel depois do cargo de primeiro-ministro.
O presidente americano, Barack Obama, disse no ano passado que não via nenhuma perspectiva de estabelecer um "marco significativo que leve a um Estado palestino" por meio de negociações diretas durante o tempo que lhe resta de mandato, até janeiro de 2017.
Esse comentário se devia em parte a sua frustração com Netanyahu, que na véspera de sua reeleição, em março de 2015, afirmou que não haveria um Estado palestino se ele continuasse à frente do governo, algo pelo que se retratou dois dias depois, mas que irritou profundamente à Casa Branca.
Apesar de tudo, Toner ressaltou hoje que o governo de Obama "nunca abandonará os esforços para conseguir uma solução de dois Estados", e o secretário de Estado americano, John Kerry, deve participar na próxima semana de uma conferência organizada pela França para reativar o processo de paz.
"Sabemos que esta é a coalizão mais direitista na história de Israel. Vimos, ou sabemos, que muitos de seus ministros disseram que se opõem a uma solução de dois Estados", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, em sua entrevista coletiva diária.
"Isto coloca perguntas legítimas sobre a direção à qual pode dirigir-se o novo governo israelense e o tipo de políticas que vai adotar. Julgaremos este governo pelo rumo que adote e pelas ações que tome a partir de agora, mas, sim, estamos preocupados", acrescentou o porta-voz.
Netanyahu anunciou na quarta-feira a incorporação do partido nacionalista Yisrael Beiteinu a seu governo, em uma decisão pela sobrevivência política com a qual aplacava uma possível rebelião dentro da ala mais direitista de sua própria legenda, o Likud.
A provável entrada do político nacionalista e líder do Yisrael Beiteinu, Avigdor Lieberman, eriçou a pele dos membros do campo pacifista israelense, que advertem para uma possível radicalização do Executivo de Netanyahu, considerado o mais direitista da história política do país.
Lieberman reconheceu nesta quarta-feira que tinha dito "coisas que não deveria nunca ter dito", abrindo passagem para assumir a pasta da Defesa, a segunda mais prestigiada em Israel depois do cargo de primeiro-ministro.
O presidente americano, Barack Obama, disse no ano passado que não via nenhuma perspectiva de estabelecer um "marco significativo que leve a um Estado palestino" por meio de negociações diretas durante o tempo que lhe resta de mandato, até janeiro de 2017.
Esse comentário se devia em parte a sua frustração com Netanyahu, que na véspera de sua reeleição, em março de 2015, afirmou que não haveria um Estado palestino se ele continuasse à frente do governo, algo pelo que se retratou dois dias depois, mas que irritou profundamente à Casa Branca.
Apesar de tudo, Toner ressaltou hoje que o governo de Obama "nunca abandonará os esforços para conseguir uma solução de dois Estados", e o secretário de Estado americano, John Kerry, deve participar na próxima semana de uma conferência organizada pela França para reativar o processo de paz.
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