12 de junio de 2016
Nossa Senhora do Sagrado Coração: síntese das demais invocações
Por mais variadas e belas que sejam as invocações com que a Santa Igreja se refere a Nossa Senhora, em nenhuma delas deixaremos de encontrar uma relação entre Ela e o amor de Deus.
Essas invocações, ou celebram um dom de Deus, ao qual Nossa Senhora soube ser perfeitamente fiel, ou um poder especial que Ela tem junto ao seu Divino Filho. Ora, o que provam os dons de Deus, senão um amor especial do Criador? E o que prova o poder de Nossa Senhora junto a Deus, senão este mesmo amor?
É com toda a propriedade que Nossa Senhora pode ao mesmo tempo ser chamada Espelho de justiça e Onipotência suplicante.
Espelho de Justiça, porque Deus A amou tanto, que n’Ela concentrou todas as perfeições que uma criatura pode ter, e por isto mesmo em nenhuma Ele se espelha tão perfeitamente como n’Ela.
Onipotência suplicante, porque não há graça que se obtenha sem Nossa Senhora, e não há graça que Ela não obtenha para nós.
Assim, pois, invocar Nossa Senhora sob o título do Sagrado Coração é fazer uma síntese belíssima de todas as outras invocações, é lembrar o reflexo mais puro e mais belo da Maternidade Divina, é fazer vibrar harmonicamente a um só tempo todas as cordas do amor que tocamos uma a uma enunciando as várias invocações da Ladainha Lauretana ou da Salve Rainha.
Mas há uma invocação que quero lembrar especialmente. É a de advogada dos pecadores. Nosso Senhor é Juiz. E por maior que seja a sua misericórdia, não pode também deixar de exercer a sua função de juiz. Nossa Senhora, porém, é só advogada. E ninguém ignora que não é função do advogado outra coisa senão defender o réu. Assim, dizer que Nossa Senhora do Sagrado Coração é nossa advogada implica dizer que temos no Céu uma advogada onipotente, em cujas mãos se encontra a chave de um oceano infinito de misericórdia.
O que de melhor para se mostrar a esta humanidade pecadora, à qual, se não se fala de Justiça de Deus se embota cada vez mais no pecado, e se dela se fala, desespera de se salvar? Mostremos a Justiça: é um dever cuja omissão tem produzido os mais lamentáveis frutos. Ao lado da Justiça que fere os impenitentes, nunca nos esqueçamos, entretanto, da misericórdia, que ajuda o pecador seriamente arrependido a abandonar o pecado e, assim, a se salvar.
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