29 de agosto de 2016
Príncipe George aumenta a fama do método Montessori
Príncipe George aumenta a fama do método Montessori
Pedagogia italiana
defende que crianças aprendam de modo natural, seguindo seus instintos
Príncipe Jorge em seu primeiro dia de aula. Foto
foi tirada por sua mãe.
EL PAIS - Londres 23 AGO
2016 - 18:25 BRT
Não é um exagero dizer que George de Cambridge cria tendências desde
o momento em que nasceu. Do xale que o envolvia com poucas horas de vida até a
jardineira da marca espanhola Neck and Neck, qualquer traje que o príncipe usa
é vendido até se esgotar. Existem páginas na Internet que documentam a roupa
que veste e a edição britânica da revista GQ o incluiu
em sua lista de mais bem vestidos.
Só tem três
anos, mas parece que sua influência não se limita à moda. Em 2016, George
começou a frequentar a creche Westsacre Montessori, perto de Anmer Hall, a
mansão de seus pais, no condado de Norfolk. A difusão dessa notícia fez com que
os pedidos de ingresso nas escolas primárias desse método disparassem em todo o
país. Segundo o Instituto Maria Montessori de Londres, desde que se anunciou
que o príncipe frequentaria uma escola Montessori foi registrado um aumento de
65% na demanda.
Com esta
decisão sobre a educação de seu filho, William confirma que a figura de sua mãe, Lady Di, continua presente em sua vida. Tanto
ele como seu irmão,Harry, foram educados nesse método pedagógico
por desejo de Diana de Gales, que antes de se casar trabalhou em uma das
creches Montessori da capital britânica.
As origens
O método foi
desenvolvido no início do século XX por Maria Montessori, uma das primeiras
mulheres médicas da Itália. Fundou seu sistema com base na ideia
de que as crianças pequenas aprendem de modo natural se lhes for permitido
seguir seus instintos. A finalidade é ajudá-las a pensar, agir e decidir por si
mesmas. Os professores formados segundo essa pedagogia promovem o jogo
como método de aprendizagem.
Um dos
detalhes que mais surpreendem ao se entrar em uma instituição Montessori é o
silêncio que reina nas salas de aula, algo que não combina com um espaço
repleto de crianças. Os professores dizem que se respira mais tranquilidade se
for permitido às crianças escolherem com liberdade a atividade que mais lhes
interessa. No Brasil, por exemplo, existem 41 escolas que trabalham com essa
pedagogia, segundo dados da Organização Montessori do Brasil.
Em sua escola,
o príncipe George aprenderá a ser independente, respeitar os demais e
concentrar-se em qualquer situação, o que lhe servirá nas longas viagens que o
aguardam. Alguns dos alunos Montessori mais famosos são o escritor Gabriel García Márquez, Jackie Kennedy, o dono
da Amazon, Jeff Bezos, e os fundadores do Google Sergey
Brin e Larry Page.
Não faltam
críticas ao método. É comum que se censure seu caráter elitista. As vagas são
reduzidas, o que provoca a concorrência entre os pais. No Reino
Unido, as escolas Montessori fecham durante longos períodos de
férias, o que obriga os pais trabalhadores a arranjar dias livres para cuidar
das crianças ou desembolsar dinheiro extra com babás.
Tudo
contribui para que essas instituições não costumem refletir a diversidade da
sociedade. Outros observam que nas salas de aula há apenas brinquedos e não se
promove a brincadeira com a imaginação. Maria Montessori justificava isso
dizendo que as crianças preferem o real à fantasia. Uma dose de realidade sem
dúvida necessária na educação de um principezinho.
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