http://www.welt.de/kultur/article114537303/Auch-Bescheidenheit-kann-Arroganz-sein.html
18. Mär. 2013, 14:30
Tradutor. Renato Murta Vasconcelos
A modéstia pode ser uma forma de arrogância
Até agora os gestos de
humildade estão marcando o estilo do Papa Francisco. Mas qual é seu sentido
mais profundo? Existe também o perigo de que o mandatário se ponha no mesmo nível de seu mandato
Alexander von Schönburg
Sua humildade estadeada o transforma em popstar? Em vez dos sapatos vermelhos especiais feitos para o Chefe da Igreja Católica, em sua primeira audiência o Papa Francisco usava seus antigos sapatos pretos de cadarço.
Para um jornalista
sensacionalista (como eu) o novo Papa é um presente de Deus. O simbolismo do
nome que escolheu, que o coloca no séquito do maior revolucionário da história
da Igreja! A renúncia à limusine Mercedes que o esperava logo após a eleição e
depois o trajeto feito de ônibus com os demais Cardeais! No dia seguinte o
gesto surpreendente de aparecer ele mesmo na “Domus Paolo VI” para buscar sua mala e pagar a conta! A
recusa de sentar-se no trono papal durante a homenagem dos Cardeais na Capela
Sixtina e em vez disso receber as congratulações de pé... O seus gestos – já o
fazem desde já um popstar – estão perfeitamente documentados fotograficamente e
deram a volta ao globo milhões de vezes via twitter ou facebook.
Até mesmo o fato de
que na primeira matina de seu pontificado tenha ele se preocupado antes de tudo
com o seus deveres de bispo de Roma e tenha se dirigido num Volkswagen, com uma
escolta mínima, a Santa Maria Maggiore, para rezar aí diante do ícone da
Protetora de Roma – Salus Populi Romani – está sendo considerado como um gesto
de humildade e um ataque ao centralismo papal e à exagerada elevação do múnus
petrino.
Angelus
150 mil
peregrinos aclamam o Papa Francisco
Rompimento com o pontificado de Bento XVI
Os Cardeais Kasper e
Marx já falam abertamente de um “novo começo” em Roma. À primeira vista uma
formulação banal, porém se se levar em conta os matizes e usos da linguagem
episcopal um claro distanciamento do pontificado de Bento XVI. Para que um novo
começo se tudo estava de acordo com o desejável?
Com Bergoglio foi
eleito Papa o grande com concorrente de Ratzinger no Conclave de 2005. O
principal promotor de Bergoglio no Conclave de 2013 foi, como agora é sabido –
o Cardeal Walter Kasper. Na qualidade de ideólogo principal do ecumenismo
Kasper era o principal opositor teológico de Ratzinger na Cúria Romana.
Não considerar a escolha
de Bergoglio como uma ruptura aberta com o pontificado de Bento XVI é tão
ingênuo como a suposição de que a eleição de Bergoglio tenha sido uma derrota
do “lado escuro do poder”, do ominoso “aparato” romano, da Cúria. Desde há
muito filtrou-se que foram exatamente os altos representantes da Cúria – na
frente de todos o homem forte sob Joao Paulo II, Cardeal Sodano, que juntamente
com o Cardeal Kasper puxou os fios para a eleição de Bergoglio.
Os gestos de humildade de Francisco são sinais indicativos
Isso é digno de nota
apenas porque todos os gestos de humildade do novo Papa, aclamados por nós, são
muito mais do que simples demonstração de um novo “estilo” modesto. Eles são
sinais indicativos de uma revolução cheia de conteúdo. Eles anunciam uma nova
definição do Papado, bem como uma nova definição do múnus episcopal e com isso
também naturalmente do múnus sacerdotal.
O anelo central de
todos aqueles “modernistas”, para os quais o pontificado de Bento XVI
significou uma caminhada tolerada a contragosto pelo deserto, era e é a
abolição em médio prazo do sacerdócio como sacramento de ordem. As premissas
fundamentais de que os padres se distinguem dos leigos comuns pela ordenação
sacerdotal são um horror para os modernistas e igualitários.
Daí se explica a luta
levada a cabo principalmente nos países de língua alemã em prol do
reconhecimento dos serviços religiosos realizados por conselheiros(as)
paroquiais, devido à pretensa escassez de sacerdotes, como tendo a mesma
validade das Missas celebradas por padres (“in persona Christi”). Na Holanda e
na Suíça tornou-se já regra no campo os serviços religiosos em vez de missas e
são considerados como uma substituição plenamente válida. Aí já venceu o
igualitarismo militantemente antissacral.
Bálsamo para as almas dos súditos
Os gestos de
humildade do Papa Francisco são muito mais do que um bem sucedido trabalho de
relações públicas. Porque são bastante autênticos. Eles repousam sobre um modo
de pensar que tem como ponto de partida o que os discípulos de Santo Tomás de
Aquino chamam de “ordenação celeste do mundo”. A concepção inteiramente
evidente até Giordano Bruno de que Deus ordenou o universo de modo hierárquico
foi sendo substituída passo a passo – da Renascença até o Iluminismo e a era
moderna – por uma ideologia na qual não
deve existir nada acima e nada abaixo.
Um Papa que não quer
se sentar no trono? Isso vai deixar os tomistas na Igreja Católica (os poucos
que ainda existem) sem sono. Naturalmente nós aplaudimos quando os que “estão
lá em cima” fazem causa comum conosco. Para mim, enquanto jornalista do Bild
(NT: jornal popular e sensacionalista da Alemanha), é sempre um dia de festa
quando tenho sobre a mesa fotos da Rainha da Grã-Bretanha subindo num trem
regional na estação de Waterloo. O príncipe Harry, seu neto, é justamente
popular na Inglaterra porque se apresenta maravilhosamente sem nada de real,
como um proletário inteiramente normal. Igualmente as fotos da princesa
herdeira da Dinamarca colocando o lixo junto à porta do palácio (essa foto foi
naturalmente encenada!) são um bálsamo para as almas igualitárias dos súditos.
O respeito se deve aos cargos e não às pessoas
A questão é não tanto
saber se os monarcas – e antes de tudo o Papa enquanto último monarca
absolutista – fazem um favor quando substituem o seu próprio supérfluo pela
assimilação. Ela é bem mais saber se por detrás desses gestos estudados de
humildade não dormita uma imperdoável arrogância.
Devemos ao livro “The
King´s Two Bodies”, lançado em 1957, de Ernst H. Kantorowicz, um scholar de
Princeton, o fato de que não tenha caído em esquecimento a antiquíssima ideia
de que um Rei disporia de um corpo terreno e outro sobrenatural.
.
Este princípio
fundamental de toda monarquia autentica foi colocado pela primeira vez no papel
no Concilio de Toledo em 653. Na Encyclopaedia Britannica está escrito no texto
sobre o Concílio: “O direito é que o faz Rei, e não sua própria pessoa, porque
ele não é Rei graças à sua mediania, mas pela sublimidade de seu múnus”.
Isso é válido para um
Rei. E vale também para um Papa. Não é a eles – os que têm um múnus – que se
dirige o nosso respeito. Enquanto pessoas são homens como você e eu. O
múnus é o que importa. Diante deste temos o direito de nos inclinarmos.
Uma demasiada ostentação de humildade não é um
modo infeliz de se confundir com o próprio múnus e talvez a forma mais
descarada de orgulho?
Alexander von Schönburg é
escritor e autor de "Alles, was Sie schon immer über Könige wissen
wollten", (Rowohlt Berlin 2008) und membro da equipe de redacão do jornal "Bild".
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16:45
Papst Franziskus
Auch Bescheidenheit kann Arroganz sein
Bislang prägen Demutsgesten den Stil von Papst Franziskus. Doch was ist ihre tiefere Bedeutung? Es liegt auch eine Gefahr darin, dass sich der Amtsinhaber mit seinem Amt gleichsetzt. Von Alexander von Schönburg
Foto: Getty Images
Macht ihn seine
demonstrative Demut zum Popstar? Statt der extra für das Oberhaupt der katholischen
Kirche angefertigten roten Slipper trug Papst Franziskus während seiner ersten
Audienz die eigenen schwarzen Schnürschuhe
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Für einen Boulevardjournalisten (wie mich) ist der neue Papst ein Gottesgeschenk. Die Symbolik des von ihm gewählten Namens, der ihn in die Nachfolge des größten Revoluzzers der Kirchengeschichte stellt! Der Verzicht auf die auf ihn nach seiner Wahl wartende Mercedes-Limousine und dann die Fahrt im Autobus mitsamt den Kardinälen!
Tags darauf die überraschende Geste, selbst im Wohnheim "Domus Paolo VI." aufzutauchen, dort sein
Gepäck abzuholen und die Rechnung zu zahlen! Die Weigerung, bei der Huldigung durch die Kardinäle in der Sixtinischen Kapelle auf dem "Papstthron" zu sitzen und die Glückwünsche stattdessen stehend entgegenzunehmen … Seine Gesten – das macht ihn schon jetzt zum Popstar – sind fotografisch lückenlos dokumentiert und haben via Facebook und Twitter (#papabus) längst millionenfach den Globus umrundet.
Selbst die Tatsache, dass er sich an seinem ersten Morgen im Amt erst um seine Pflichten als Bischof von Rom kümmerte und sich – im VW, mit minimaler Eskorte – zur Basilika Santa Maria Maggiore fahren ließ, um dort vor der römischen Schutzikone Salus Populi Romani zu beten, wird bereits als Demutsgeste und als Statement gegen päpstlichen Zentralismus und die Überhöhung des Petrusamtes interpretiert.
Bruch mit dem Pontifikat Benedikts XVI.
Die Kardinäle Kasper und Marx sprechen bereits ganz offen von einem "neuen Anfang" in Rom. Auf den ersten Blick eine banale Formulierung, im Wissen um Nuancen und Usancen der bischöflichen Sprache aber eine unverhohlene Distanzierung vom Pontifikat Benedikts XVI. Wer braucht schon einen Neuanfang, wenn vorher alles wunschgemäß war?
Mit Bergoglio wurde der große Gegenspieler Ratzingers im Konklave von 2005 zum Papst gewählt. Hauptunterstützer Bergoglios beim Konklave 2013 war, wie inzwischen bekannt ist, Kardinal Walter Kasper. Als Chefideologe der Ökumene war Kasper der theologische Hauptgegner Ratzingers in der römischen Kurie.
Die Wahl Bergoglios nicht als offenen Bruch mit dem Pontifikat Benedikts XVI. zu sehen ist fast ebenso naiv wie die Vermutung, Bergoglios Wahl sei eine Niederlage der "dunklen Seite der Macht", des ominösen römischen "Apparats", der Kurie. Längst ist durchgesickert, dass es gerade die hohen Kurienvertreter waren, allen voran der starke Mann unter Johannes Paul II., Kardinaldekan Sodano, der in Allianz mit Kardinal Kasper die Fäden für die Wahl Bergoglios zog.
Franziskus' Demutsgesten sind Vorzeichen
Erwähnenswert ist das überhaupt nur, weil all die von uns bejubelten Demutsgesten des neuen Papstes selbstverständlich sehr viel mehr sind als nur Demonstrationen eines neuen, bescheidenen "Stils". Sie sind Vorzeichen einer inhaltlichen Revolution. Sie künden von einer Neudefinition des Papstamtes, somit auch der Neudefinition des Bischofsamtes und damit natürlich letztlich auch des Priesteramtes.
Das zentrale Anliegen all jener "Modernisten", für die das Pontifikat Benedikts XVI. eine widerwillig zu erduldende Wanderung durch die Wüste bedeutete, war und ist: die mittelfristige Abschaffung des Weihepriestertums. Die Grundprämisse nämlich, dass sich Priester durch Weihe von den gewöhnlichen Laien unterscheiden, ist für Modernisten und Egalitaristen ein Graus.
Daher rührt auch der in deutschsprachigen Ländern besonders leidenschaftlich geführte Kampf, die – wegen Priestermangels angeblich notwendigen – von nicht geweihten Pfarrgemeinderät(inn)en durchgeführten Wortgottesdienste als ebenso gültig wie die von Priestern ("in persona Christi") zelebrierten Messen anzuerkennen. In den Niederlanden und der Schweiz sind auf dem Land Wortgottesdienste statt Messen bereits die Regel und gelten als vollgültiger Ersatz; hier hat der Egalitarismus, der militant antisakral ist, bereits gesiegt.
Seelen-Balsam für die Untertanen
Die Demutsgesten von Papst Franziskus sind viel mehr als gutes "spin-doctoring" oder gekonnte PR-Arbeit. Dafür sind sie viel zu authentisch. Sie beruhen auf einer Denkweise, die Anstoß an dem nimmt, was Jünger des Heiligen Thomas von Aquin die "himmlische Weltordnung" nennen. Die bis Giordano Bruno völlig evidente Auffassung, dass Gott die Welt hierarchisch geordnet hat, wurde – von Renaissance bis Aufklärung und Moderne – Schritt für Schritt durch eine Ideologie ersetzt, nach der es kein Oben und Unten mehr geben darf.
Ein Papst, der nicht auf dem Thron sitzen will? Das wird die Thomisten in der katholischen Kirche (die paar, die es noch gibt) unruhig schlafen lassen. Natürlich bejubeln wir es, wenn sich "die da oben" mit uns gemein machen. Für mich als "Bild"-Journalisten ist es jedes Mal ein Festtag, wenn wieder Fotos von Großbritanniens Queen auf dem Tisch liegen, wie sie am Bahnhof Waterloo in die Regionalbahn einsteigt.
Prinz Harry, ihr Enkel, ist übrigens gerade deshalb in England so populär, weil er sich so wunderbar unköniglich als stinknormaler "lager lout", auf Deutsch Ballermann-Prolet, gibt. Auch Bilder von der dänischen Kronprinzessin, wie sie im Palast den Hausmüll vor die Tür trägt (besagtes Foto war natürlich inszeniert!), sind Balsam für die egalitaristischen Seelen der Untertanen.
Ämtern, nicht Personen, gebührt Respekt
Die Frage ist aber nicht nur, ob die Monarchen, allen voran der Papst als letzter absolutistischer Monarch, sich einen Gefallen tun, wenn sie ihre eigene Überflüssigkeit durch Assimilation betreiben. Die Frage ist vielmehr, ob hinter diesen sorgsamen Gesten der Demut nicht vielmehr eine unverzeihliche Arroganz schlummert.
Dem 1957 erschienenen Buch "The King's Two Bodies" des Princeton-Gelehrten Ernst H. Kantorowicz verdanken wir, dass die uralte Idee, ein König verfüge über einen irdischen und einen übernatürlichen Körper, nicht in Vergessenheit geriet. Erstmals zu Papier gebracht wurde dieses für jede echte Monarchie grundlegende Prinzip 653 im Konzil von Toledo. In der Encyclopaedia Britannica heißt es in der Passage über das Konzil: "Zum König macht ihn das Recht, nicht seine eigene Person, weil er nicht König ist dank seiner Mittelmäßigkeit, sondern dank der Erhabenheit seines Amtes."
Das gilt für einen König. Und das gilt für einen Papst. Es sind nicht sie – die Inhaber der Ämter –, denen unsere Ehrerbietung gilt. Als Personen sind sie Menschen wie du und ich. Es sind ihre Ämter. Vor denen haben wir aber geradezu das Recht, uns zu verneigen.
Ist neben allzu ostentativer Bescheidenheit die Unart, sich selbst mit seinem Amt zu verwechseln, die vielleicht unverschämteste Form des Hochmuts?
Alexander von Schönburg ist Buchautor (unter anderem "Alles, was Sie schon immer über Könige wissen wollten", Rowohlt Berlin 2008) und Mitglied der Chefredaktion von "Bild".
So funktioniert die Wahl
Mit dem Tod oder Rücktritt des Papstes beginnt die sogenannte Sedisvakanz. So wird die Phase genannt, in der das Amt des Papstes unbesetzt ist und die Papstwahl vorbereitet wird. In dieser Zeit wird die Kirche vom Kardinalskollegium geleitet, das nur Entscheidungen treffen darf, die nicht aufgeschoben werden können.
Den Kern der Kirchenleitung bildet eine Sonderkongregation, die aus dem Camerlengo (Tarcisio Kardinal Bertone) und drei weiteren Kardinälen besteht.
Die Sonderkongregation legt fest, wann das Kardinalskollegium erstmals zur Generalkongregation zusammentritt, um die Papstwahl vorzubereiten.
Der Camerlengo versiegelt zu Beginn der Sedisvakanz das Arbeitszimmer und die Privatgemächer des Papstes. Außerdem zerbricht er den Fischerring und das Bleisiegel des ehemaligen Kirchenoberhauptes vor den Augen der anderen Kardinäle.
Die Sedisvakanz endet mit dem Beginn des Konklaves: Dazu treten die stimmberechtigten Kardinäle frühestens 15 Tage, spätestens 20 Tage nach dem Ausscheiden des Papstes in der Sixtinischen Kapelle zusammen. Dort schließen sie sich zur Papstwahl ein. Papst Benedikt XVI. hat sie ermächtigt, den Termin diesmal vorzuziehen.
An der Wahl dürfen nur Kardinäle teilnehmen, die beim Rücktritt des Papstes nicht älter als 80 Jahre waren. Das sind diesmal voraussichtlich 115 Würdenträger.
Die Stimmberechtigten schwören vor der Abstimmung die Regeln zu befolgen, die Papst Johannes Paul II. für die Wahl festgelegt hat. Dazu gehört auch, dass die Wahl geheim zu halten ist. Jeder Kontakt nach außen, die Benutzung von Aufnahme- und Übermittlungsgeräten sowie von Medien sind während des Konklaves verboten.
Auch anwesende Ärzte und Personal schwören die Geheimhaltung. Danach müssen Nichtstimmberechtigte die Sixtinische Kapelle verlassen. Der Raum wird verschlossen.
Die geheime Wahl per Stimmzettel beginnt. Dazu erhält jeder Stimmberechtigte rechteckige Zettel, auf denen „Eligo in Summum Pontificem“ („Ich wähle zum höchsten Pontifex“) steht. Auf den Wahlzettel schreibt jeder mit verfälschter Schrift den Namen seines Wunschkandidaten.
Zum Papst gewählt werden darf theoretisch jeder männliche Katholik, der zum Priester geweiht wurde. Seit 1378 waren aber alle Päpste zuvor Kardinäle. Pro Tag gibt es maximal vier Wahlgänge – zwei vormittags, zwei abends.
Nacheinander bringen die Kardinäle die gefalteten Wahlzettel zur Urne auf dem Altar. Auf dem Weg dorthin hält jeder Kardinal seinen Wahlzettel sichtbar nach oben. Vor dem Altar spricht jeder einen Eid, legt den Zettel auf den Teller, der die Urne bedeckt, und lässt den Stimmzettel in die Urne gleiten. Anschließend verneigt er sich.
Die Stimmzettel von kranken Kardinälen, die nicht in der Kapelle sein können, sammeln drei sogenannte Infirmarii, die per Los ausgewählt wurden, ein.
Die Urne wird von einem der drei Wahlhelfer geschüttelt, dann werden die Stimmzettel gezählt. Stimmt die Anzahl, beginnt die Auszählung. Jeder Stimmzettel wird einzeln geöffnet und von jedem Wahlhelfer gelesen. Der dritte verliest den Namen laut und notiert ihn.
Während des Lesens sticht ein Wahlhelfer mit einer Nadel in jeden Stimmzettel. Nach der Auszählung werden die Zettel auf eine Schnur gefädelt und deren Enden verknotet. Drei per Los gewählte Wahlprüfer kontrollieren das Wahlergebnis.
Vereint kein Kardinal die Zwei-Drittel-Mehrheit auf sich, ist der Wahlgang nicht erfolgreich. Die Stimmzettel werden verbrannt, schwarzer Rauch steigt auf.
Der nächste Wahlgang beginnt.
Gibt es nach drei Tagen keine Entscheidung, wird eine eintägige Gebets- und Denkpause eingelegt. Es folgen drei weitere Abschnitte von jeweils sieben Urnengängen. Zwischen den Abschnitten liegt jeweils ein Gebetstag.
Ab dem 34. Wahlgang gibt es eine Stichwahl zwischen den zwei Kardinälen mit den meisten Stimmen.
Vereint ein Kandidat die Zwei-Drittel-Mehrheit auf sich, ist die Wahl erfolgreich. Die Stimmzettel werden verbrannt, weißer Rauch steigt auf und die Glocken des Petersdoms läuten.
Die Menschen außerhalb der Sixtinischen Kapelle wissen: Ein neuer Papst ist gewählt.
Der Kardinaldekan fragt den Gewählten, ob er die Wahl annehmen und welchen Namen er sich geben will. Darüber wird eine Urkunde angefertigt.
Ab sofort ist der Neugewählte Papst, Bischof der Kirche von Rom und Haupt des Bischofskollegiums. Er erhält die volle und höchste Gewalt über die Universalkirche.
Dann geht der neue Papst in den „Raum der Tränen“. Dort liegt für ihn Kleidung in verschiedenen Größen bereit. Der Papst zieht eine weiße Soutane, eine rote Mozetta, eine mit Goldbrokat bestickte Stola, einen weißen Pileolus, rote Schuhe sowie ein Pektorale, das Brustkreuz, an.
Der Papst nimmt dann auf dem Bischofsstuhl in der Sixtinischen Kapelle Platz. Nacheinander geben ihm hier die Kardinäle das Gehorsamsversprechen. Danach singen sie den Hymnus „Te deum laudamus“.
„Habemus Papam“ – mit diesen Worten teilt der Kardinalprotodiakon kurz nach der Wahl von der Benediktionsloggia des Petersdoms den Menschen auf dem Petersplatz das erfolgreiche Wahlergebnis mit. Er nennt auch den Namen des neuen Papstes.
Danach tritt der Papst selbst auf dem Balkon und spendet den Segen „Urbi et Orbi“.
Details in der
Sixtinischen Kapelle
BISCHOFSSTUHLDer Stuhl, auf den sich der neue Papst setzt, wird auch Kathedra genannt. Nachdem er hier Platz genommen hat, schwören ihm die Kardinäle nacheinander Gehorsam.
ALTARAuf dem Altar steht die mit einem Teller bedeckte Urne, in die jeder Kardinal seinen Wahlzettel wirft. Am Altar befinden sich auch drei Wahlhelfer – Kardinäle, die per Los dazu bestimmt wurden. Sie zählen die Zettel nach der Wahl aus.
WANDMALEREIEN IN DER SIXTINISCHEN KAPELLEDie Altarwand ziert Michelangelos Gemälde „Das Jüngste Gericht“. Es wurde zwischen 1536 und 1541 von ihm gemalt. Das Werk rief Begeisterung, aber auch Empörung hervor, da einige Figuren nackt waren. Deswegen wurden später Figuren, die als obszön galten, teilweise übermalt. Außerdem zeigen Wandgemälde Szenen aus dem Leben Jesu und dem Leben Mose.
OFENDie Stimmzettel werden in einem Ofen in der Sixtinischen Kapelle verbrannt. Auch alle Notizblätter und sonstige Aufzeichnungen werden hier nach den Wahlgängen vernichtet. Der Rauch, der aus dem Schornstein der Sixtinischen Kapelle aufsteigt, signalisiert den jeweiligen Wahlausgang – entweder er ist schwarz oder weiß.
WEISSER RAUCIst weißer Rauch zu sehen, dann war der Wahlgang erfolgreich.
SCHWARZER RAUCHSchwarzer Rauch signalisiert, dass der Wahlgang nicht erfolgreich war. Um die Farbe des Rauchs zu verändern, werden Chemikalien, früher feuchtes Stroh, hinzugegeben.
Detailansicht
des Vatikans
GÄSTEHAUS SANTA MARTADie Kardinäle wohnen während des Konklaves im Gästehaus Santa Marta auf dem Gelände des Vatikanstaates. Auch von dort gilt das Gebot der absoluten Geheimhaltung.
Die Zimmer im Gästehaus Santa Marta sind einfach eingerichtet und werden per Los den Kardinälen zugeordnet.
PETERSDOMWenn die Wahl der Kardinäle erfolgreich war, erklingen auch die Glocken des Petersdoms. So hören die Menschen sofort: Es gibt einen neuen Papst.
Im Jahr 1506 wurde der Grundstein für den Petersdom gelegt. Heute ist er das Herzstück des Vatikans.
SIXTINISCHE KAPELLEDie Sixtinische Kapelle, in der die Kardinäle zum Konklave zusammenkommen, wurde zwischen 1475 und 1483 erbaut. Benannt wurde sie nach Papst Sixtus IV. Michelangelos bekanntes Gemälde „Das Jüngste Gericht“ befindet sich in der Kapelle.
Während des Konklaves ist die Sixtinische Kapelle nur den Kardinälen vorbehalten.
BENEDIKTIONSLOGGIA DES PETERSDOMSHier wird den Menschen verkündet, dass ein neuer Papst gewählt wurde. Das Kirchenoberhaupt spricht von der Loggia auch seinen ersten Segen als Papst.
Auch zu anderen Anlässen tritt der Papst auf der Loggia des Petersdoms vor die Gläubigen.
PETERSPLATZMenschen aus aller Welt versammeln sich hier während des Konklaves – den Blick erwartungsvoll zum Schornstein der Sixtinischen Kapelle gerichtet.
Auf dem Petersplatz kamen die Gläubigen auch zum Abschied von Papst Benedikt XVI. zusammen.
Grafik: A. Sarnowski, M. Steinröder, K. Sturm, A. Wagner, C. Weidner;Umsetzung: A. Neuß, R. Sarnighausen; Text: S. Gillert; Fotos: dpa
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