4 de agosto de 2013
Falta aos EUA uma família real
O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2013
Falta aos EUA uma família
real
Nota del Blog. Curioso, en la nación de la democracia por antonomasia falta una familia real, y en España parece que para algunos sobra. «Cosas veredes, Sancho, que farán fablar las piedras»
Gail Collins, The New York Times
Começo
a achar que uma família real poderia ter certa utilidade nos EUA. Enquanto a Gra-Bretanha aguardava a chegada
do mais novo Windsor, em Nova York esperávamos o segundo capítulo do escândalo
sexual de Anthony Weiner. Os britânicos tiveram mais sorte. “Eu disse que
havia mais coisas”, lembrou em tom petulante aos repórteres o deputado caído em
desgraça, candidato a prefeito, quando surgiram os boatos de que ele estaria [se
pervertendo] pela internet.
Há um
ponto nos escândalos políticos em que o mau comportamento deixa de ser uma
brincadeira para tornar-se apenas algo triste e deprimente. Chegamos a esse
ponto com Anthony Weiner.
O que
há nos EUA mais próximo de uma família real é a do presidente, e eles costumam
ser homens de meia-idade que produzem bem poucos eventos marcantes para a
família. E mesmo quando o fazem, a reação do país às vezes é particularmente
mal-humorada.
Realmente
faz sentido criar um grupo de pessoas com o objetivo especifico de inspirar
notícias para o público se sentir bem, ou ter um comportamento suficientemente
mau para desviar a atenção do que interessa. Sucesso garantido. Com exceção do
custo, embora uma monarquia seja ainda bem menos dispendiosa do que os
subsídios para o algodão dados nos EUA.
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