domingo, 18 de junho de 2017
De um lado e outro
cientistas desclassificam o ‘acordo de Paris’
Dr Robert Giegengack, geólogo da Universidade de Pensilvânia: “nenhuma estratégia tem a mais remota possibilidade de alterar o clima” |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Nenhuma das estratégias propostas pelo governo americano, pelo seu Ministério de Meio Ambiente (Environmental Protection Agency – EPA) ou por quem quer que seja, tem a mais remota possibilidade de alterar o clima, ainda que de fato este seja controlado pelo CO2”, defendeu o Dr. Robert Giegengack, geólogo da Universidade de Pensilvânia.
“Em termos de leigo, para efeitos de clima, todas as supostas ‘soluções’ para o aquecimento global são meras falas simbólicas.
“Por isso, ainda que estivéssemos diante de uma catástrofe climática, se nós tivéssemos que confiar num acordo climático da ONU, estaríamos todos perdidos”, comentou Marc Morano, diretor de comunicações do Committee For A Constructive Tomorrow (CFACT) e diretor do site ClimateDepot.com baseados em Washington.
Por isso, a saída dos EUA do ‘Acordo de Paris’ “será uma vitória da ciência. Ninguém se engane, os militantes que pretendem controlar o clima por meio de arranjos da ONU e regulamentos do EPA são culpados por acreditarem na superstição”, acrescentou.
A expectativa foi grande antes do anúncio do presidente Trump, que caiu como bomba sobre a militância verde mais radical.
O Dr. James Hansen, um dos líderes máximos do aquecimentismo planetário, que galgou altos postos de direção na NASA, representa a posição oposta à de Morano.
Mas também ele, de seu ponto de vista ambientalista radical, repudiou a incompetência do acordo:
“[O acordo de Paris] é realmente uma fraude, uma falsificação. É mera besteira ele dizer: ‘Teremos como objetivo um aquecimento de apenas 2ºC e depois tentaremos fazer um pouco melhor a cada cinco anos’.
“Trata-se de palavras sem valor. Não há ação, apenas promessas. Enquanto os combustíveis fósseis andarem mais baratos por aí, eles continuarão a ser consumidos”.
James Hansen (chapéu) em passeata, Coventry, Inglaterra: “[O acordo de Paris] é realmente uma fraude, uma falsificação Trata-se de palavras sem valor”. |
O pânico aquecimentista vive em função de uma meta ideológica travestida de ciência.
O cientista político dinamarquês Bjørn Lomborg, professor adjunto da Copenhagen Business Scholl, diretor do Centro de Consenso de Copenhague e ex-diretor do Instituto de Avaliação Ambiental na capital da Dinamarca, também achou correto que Trump tenha abandonado o Acordo de Paris.
Para ele, a renúncia ao acordo “parará a procura de um fim mortal caríssimo”. Porque ainda que os argumentos da ONU sejam verdadeiros, o acordo “tem muito pouco a ver com o aumento da temperatura”.
E deu como exemplo a Alemanha, que gastará 110 bilhões de dólares tendo como único retorno um adiamento de 37 horas no suposto “aquecimento global”.
O Dr. Lomborg calcula que a humanidade “gastará pelo menos cem trilhões de dólares para reduzir lá pelo fim do século a temperatura global num máximo de três décimos de grau centígrado… e isto usando os próprios modelos para predizer o clima da ONU! (...)
“O custo do Acordo de Paris será de cerca de um ou dois trilhões por ano. É um dos mais caros tratados na história do mundo.” Veja: Bjørn Lomborg: ‘Germany Spends $110 Billion to Delay Global Warming by 37 Hours’
Usando os seus próprios métodos, o Prof. Lomborg concluiu que se o tratado parisiense for cumprido, a redução total da temperatura por volta de 2100 será de apenas 0,086º Fahrenheit. Uma quantia desprezível estatisticamente. O número é semelhante ao concluído por cientistas do Massachusetts Institute of Technology.Cfr USA Today.
A única via para se atingir a meta dos entusiastas do anti-“aquecimento global” seria uma recessão econômica de grande envergadura.
De alguma maneira isso seria obtido pelo Acordo de Paris onerando os combustíveis com uma ‘taxa de carbono’, que os tornaria mais caros, e degradando o crescimento econômico. Mas seria perverso.
A outra opção seria desenvolver novas tecnologias. Então, que se ponham a trabalhar para desenvolvê-las! Mas o verbo ‘trabalhar’ não tem muita entrada entre os ativistas verdes!
Tratados da ONU não resolvem essa questão, sobretudo a custos pecuniários e humanos inimagináveis até hoje, concluiu Lomborg.
No hay comentarios:
Publicar un comentario