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7 de abril de 2013
A IGREJA NÃO É UMA ONG ASSISTENCIAL - Arnaldo Xavier da Silveira -Bilingüe, portugués-español
A IGREJA NÃO É
UMA ONG ASSISTENCIAL
06.04.2013 - Arnaldo Xavier da Silveira
e-mail do autor: avxs@arnaldoxavierdasilveira.com
1] A Igreja não é uma ONG
assistencial. Esse ensinamento singelo do Papa Francisco em seu primeiro dia
como Sumo Pontífice evoca doutrinas riquíssimas sobre a Igreja, negadas pelos progressistas, mal interpretadas ou esquecidas por muitos
católicos.
A Igreja,
sociedade visível e perfeita
2]
A Igreja militante é visível porque não é uma entidade meramente espiritual,
pneumática, secreta, não é um mero agrupamento de pessoas que pensam do mesmo
modo, nem um movimento unicamente de ideias, ou uma comunidade privada, mas
existe visivelmente neste mundo, constituindo sociedade verdadeira.
3]
E, como sociedade, a Igreja não é visível apenas no sentido físico, ótico, como
entendem alguns. Com efeito, é verdade que ela existirá sempre nesta Terra,
segundo as promessas de Nosso Senhor, ainda que com número reduzido de fieis,
como no Cenáculo e, afirmam bons exegetas, no fim do mundo (Luc. 18, 8). Mas é
visível também num sentido mais profundo, institucional, dado que tem estrutura
jurídica, membros que a constituem, hierarquia formada por homens vivos, um
chefe de todos conhecido, como as demais sociedades humanas.
4]
A Igreja é sociedade perfeita, porque por si mesma tem todos os meios para
atingir seus fins, conduzir os fieis à salvação eterna. É una e universal. Seu
chefe é monarca por instituição divina, dotado de poderes tanto espirituais e
de ordem, como jurisdicionais, legislativos e magisteriais. A Igreja é
sociedade de direito público internacional, não sujeita a qualquer entidade
humana. É soberana na ordem civil e política, como qualquer Estado moderno o é.
Essa sua condição não lhe advém apenas do fato de ter o território da cidade do
Vaticano, pois, ainda que não contasse com essa soberania territorial, teria,
em princípio, pleno direito de ser tida como pessoa de direito público
internacional, por força de sua origem divina como sociedade visível e
perfeita.
5]
Pio XII declara “que estão em grave erro
os que arbitrariamente imaginam uma Igreja como que escondida e invisível”,
acrescentando que “O Verbo de Deus
assumiu a natureza humana passível, para que, uma vez fundada e consagrada com
seu sangue a sociedade visível, o homem fosse, no dizer de Santo Tomás de
Aquino, ‘reconduzido pelo governo visível
às realidades invisíveis’ (De Ver. q. 29. a. 4. ad 3)” (Enc. Mystici Corporis, §“Ex iis,
quae adhuc”).
6]
Pio XII afirma ainda, reiterando ensinamento de Leão XIII, que a Igreja é “sociedade perfeita no seu gênero”, dotada
de “elementos sociais e jurídicos” (ibidem, §“Recta igitur”). Reprova
“o erro funesto dos que sonham uma Igreja
quimérica, uma sociedade formada e alimentada pela caridade, à qual, com certo
desprezo, opõem outra que chamam jurídica”. E, referindo o Concílio
Vaticano I, Const. Dogm. De Ecclesia, acrescenta
que o Divino Redentor “ordenou que a sociedade humana por ele
fundada fosse perfeita no seu gênero, e dotada de todos os elementos jurídicos
e sociais para perdurar na Terra a obra salutífera da Redenção” (ibidem, §“Quapropter funestum”).
A Realeza Social
de Nosso Senhor
7]
O ensinamento do Papa Francisco, de que a Igreja não é simples ONG assistencial,
evoca ainda a doutrina da Realeza Social de Jesus Cristo. Deus não é Senhor
apenas dos seres irracionais e do homem, mas também das sociedades e dos
Estados, que igualmente lhe devem submissão, homenagem e culto. Daí advém a
Realeza Social de Nosso Senhor, negada com furor pelo laicismo hoje dominante,
como pelo modernismo de todas as latitudes. A partir da doutrina, em si mesma
correta, de que em vista das circunstâncias pode ser tolerada uma sociedade que
inadmita a realeza de Nosso Senhor, o liberalismo católico do século XIX, e
depois o modernismo e o progressismo, passaram a negá-la de modo absoluto, em
princípio como na prática. Essa negação radical tenderia a subtrair à Igreja
sua característica de entidade de direito público entre as nações, em face dos
particulares e em toda a vida social, o que inevitavelmente a levaria, com o
tempo, à condição de mera ONG assistencial.
8] Pio XI, declarando que a
Igreja é “a única dispensadora da
salvação” (Enc. Quas Primas, AAS, vol. XVII, n. 15, §“Quas Primas”), indica
que já o Concílio de Niceia (ano 325) afirmou “a dignidade real de Cristo” em sua fórmula de fé: “cujo reino não terá fim” (ibidem, §“At quicquid”). Acrescenta que “os
homens não estão menos sujeitos à autoridade de Cristo em sua vida coletiva do
que na vida individual. Cristo é fonte única de salvação para as nações como
para os indivíduos” (ibidem, §“Verumtamen eiusmodi”). Declara, ainda,
que “aos governos e à Magistratura
incumbe a obrigação, bem assim como aos particulares, de prestar culto público
a Cristo e sujeitar-se às suas leis” (ibidem, §“Civitates autem”). E cita as seguintes palavras de Leão XIII na
Encíclica Annum sacrum: “seu império não abrange tão só as nações
católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja, ainda
quando dela separados por opiniões errôneas ou pelo cisma: estende-se
igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo
que o império de Cristo Jesus abarca, em todo o rigor da verdade, o gênero
humano inteiro” (ibidem, §“Verumtamen eiusmodi”).
A Igreja é fator de ordem e
concórdia
9]
Progressistas e laicistas extremados alegam com frequência que a defesa das
prerrogativas da Santa Igreja como sociedade visível e perfeita, e do Reino
Social de Nosso Senhor, seria elemento de discórdia e violência na ordem
individual, como na ordem social. Daí concluem que é imperativo calar essas
características da Igreja, que segundo eles, ademais, já não valeriam para o
mundo moderno, relativista e religiosamente pluralista. Desconhecendo de todo o
verdadeiro espírito católico, eles chegam ao erro primário de equiparar a
doutrina católica tradicional ao chamado fundamentalismo muçulmano, cuja
violência tem estarrecido o mundo em nossos dias. Ora, o que ensinam os Papas é
que a verdadeira e autêntica ordem social cristã é, de si, o mais poderoso dos
fatores de harmonia e paz que possam unir os homens e os povos.
10]
É essa a lição da Encíclica Immortale Dei,
de Leão XIII, numa passagem sobre a Idade Média, que se tornou célebre na
doutrina social da Igreja: “Tempo houve
em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência
da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições,
os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade
civil. Então a religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida
no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente (...). Então o sacerdócio e o império estavam
ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons
ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda
expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em
inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou
obscurecer” (Acta Sanctae Sedis,
1885, vol. XVIII, p. 162/174).
11]
Pio XI, na Encíclica Quas Primas, expõe
os benefícios sociais que adviriam da aceitação da realeza social de Nosso
Senhor, ressaltando “a concórdia e a paz”
que resultariam da “consciência de seus
membros do vínculo de fraternidade que os une”, levando à “esperança dessa paz que à Terra veio trazer
o Rei Pacífico, esse rei que veio para reconciliar todas as coisas”. E
prossegue dizendo que, “se os indivíduos,
se as famílias, se a sociedade se deixassem reger por Cristo”, ocorreria o
que prognosticava Leão XIII: “então
retornaria a paz com todos os seus encantos e cairiam das mãos as armas e
espadas” (Enc. Quas Primas, AAS, vol. XVII, §“Itaque, si
quando”).
Conclusão: A
bandeira no alto da cidadela
12]
A bandeira da doutrina católica há de tremular sempre no topo da cidadela.
Pode-se, sem dúvida, salientar, no fragor da batalha e com prudência, ora um de
seus aspectos, ora outro; pode-se deixar de expor certa verdade durante tempo
mais longo ou menos, mas não se pode aceitar que algum ponto da doutrina seja
estável e sistematicamente omitido, por princípio ou por oportunismo. E as
cores da bandeira não podem desbotar-se. Sem dúvida, há a hora de falar, e há a
hora de calar. Mas, ao menos implicitamente, e ao longo do tempo
explicitamente, a doutrina católica há de ser exposta em sua totalidade.
13]
A profissão da fé é obrigação de todo católico. Da Revelação, não se suprima
nem sequer um iota. Os princípios da Igreja como sociedade visível e perfeita,
e do Reino Social de Nosso Senhor, são básicos na doutrina da Igreja. É
inegociável o direito, e, conforme as circunstâncias, o dever, de proclamá-los.
São princípios singelos e em outros tempos amplamente conhecidos. Hoje,
contudo, de tal modo negados, subvertidos ou pelo menos esquecidos, urge
proclamá-los, sob pena de se estar anunciando “outro Evangelho” (São Paulo, Gal. 1, 6).
14]
Em defesa desses princípios maiores da Cristandade, invocamos a Rainha
clemente, piedosa, doce, sempre Virgem, Maria.
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LA
IGLESIA NO ES UNA ONG ASISTENCIAL
07.05.2013 Arnaldo Xavier da Silveira
e-mail do autor: avxs@arnaldoxavierdasilveira.com
1] La Iglesia no
es una ONG asistencial. Esa enseñanza sencilla del Papa Francisco en su primer
día como Sumo Pontífice evoca doctrinas riquísimas sobre la Iglesia, negadas
por los progresistas, mal interpretadas u olvidadas por muchos católicos.
La
Iglesia, sociedad visible y prefecta
2] La Iglesia
militante es visible porque no es una entidad meramente espiritual, pneumática,
secreta, no es un mero agrupamiento de personas que piensan del mismo modo, ni
un movimiento únicamente de ideas, o una comunidad privada, pero existe
visiblemente en este mundo, constituyendo una verdadera sociedad.
3] Y, como
sociedad, la Iglesia no es apenas visible en el sentido físico, óptico, como lo
entienden algunos. En efecto, es verdad que ella existirá siempre en esta
Tierra, según las promesas de Nuestro Señor, aunque sea con un número pequeño
de fieles, como en el Cenáculo y, afirman los buenos exégetas, en el fin mundo
(Luc. 18, 8). Pero es también visible en un sentido más profundo,
institucional, dado que tiene estructura jurídica, miembros que la constituyen,
jerarquía formada por hombres vivos, un jefe conocido por todos, como las demás
sociedades humanas.
4] La Iglesia es
sociedad perfecta, porque por si misma tiene todos los medios para alcanzar sus
fines, conducir a los fieles a la salvación eterna. Es una y universal. Su jefe
es monarca por institución divina, dotado de poderes tanto espirituales y de
orden, como jurisdiccionales, legislativos y magisteriales. La Iglesia es
sociedad de derecho público internacional, que no está sujeta a ninguna entidad
humana. Es soberana en el orden civil y político, como lo es cualquier Estado
moderno. Esa condición no le viene apenas del hecho de tener el territorio de
la ciudad del Vaticano, pues aunque no contase con esa soberanía territorial,
tendría, en principio, pleno derecho de ser tenida como persona de derecho
público internacional, por la fuerza de su origen divino como sociedad visible
y perfecta.
5] Pío XII
declara “el grave error de los que a su arbitrio se forjan
una Iglesia latente e invisible”, añadiendo que
“el Verbo de Dios asumió la naturaleza humana pasible para que el hombre, una
vez fundada una sociedad visible y consagrada con sangre divina, fuera, conforme dijo Santo Tomás, ‘llevado
por un gobierno visible a las cosas invisibles´ (De Ver. q.29. a. 4 ad 3)” (Enc. Mystici Corporis, §“Ex iis, quae adhuc”).
6] Pío XII afirma también, reiterando la
enseñanza de León XIII, que la Iglesia es
“sociedad perfecta en su género”, dotada de “elementos jurídicos y sociales” (ibidem, §“Recta igitur”). Condena “el funesto error de los que sueñan con
una Iglesia ideal, a
manera de sociedad alimentada y formada por la caridad, a la que — no sin
desdén — oponen otra que llaman jurídica”. Y citando el
Concilio Vaticano I, Const. Dogm. De
Ecclesia, añade que el Divino Redentor
“quiso que la comunidad por El fundada fuera una
sociedad perfecta en su género y dotada de todos los elementos jurídicos y
sociales: para perpetuar en este mundo la obra divina de la redención” (ibidem, §“Quapropter funestum”).
La
Realeza Social de Nuestro Señor
7] La enseñanza
del Papa Francisco, de que la Iglesia no es una simple ONG asistencial, evoca también
la doctrina de la Realeza Social de Jesucristo. Dios no es solamente el Señor
de seres irracionales y del hombre, pero también de las sociedades y de los
Estados, que igualmente le deben sumisión, homenaje y culto. De ahí le viene la
Realeza Social de Nuestro Señor, negada hoy con furor por el laicismo
dominante, como por el modernismo de todas las latitudes. A partir de la
doctrina, en si misma correcta, de que en vista de las circunstancias puede ser
tolerada una sociedad que no admita la realeza de Nuestro Señor, el liberalismo
católico del siglo XIX, y después el modernismo y el progresismo, pasaron a
negarla de modo absoluto, en la teoría como en la práctica. Esa negación
radical tendería a quitar a la Iglesia su característica de entidad de derecho
público entre las naciones, frente a los particulares y en toda la vida social,
lo que inevitablemente la llevaría, con el tiempo, a la condición de mera ONG
asistencial.
8] Pío XI,
declarando que la Iglesia es la “única que
puede salvarnos” (Enc. Quas Primas, AAS, vol. XVII, n. 15, §“Quas
Primas”) indica que ya el
Concilio de Nicea (año 325) afirmó “la dignidad real de Cristo” en su fórmula de fe: “cuyo reino no tendrá fin” (ibídem, §“At
quicquid”). Añade que “los hombres
no están menos sujetos a la autoridad de
Cristo en su vida colectiva de que en la vida individual. Cristo es fuente
única de salvación para las naciones como para los individuos” (ibidem,
§“Verumtamen eiusmodi”). Declara también que “a los gobiernos y a la Magistratura corresponde la obligación, así
como a los particulares, de prestar culto público a Cristo y sujetarse a sus
leyes” (ibidem, §“Civitates autem”). Y cita las siguientes palabras de León
XIII en la Encíclica Annum sacrum:
“El imperio de Cristo se extiende no sólo sobre los pueblos católicos y sobre
aquellos que habiendo recibido el bautismo pertenecen de derecho a la Iglesia,
aunque el error los tenga extraviados o el cisma los separe de la caridad, sino
que comprende también a cuantos no participan de la fe cristiana, de suerte que
bajo la potestad de Jesús se halla todo el género humano” (ibidem, §“Verumtamen eiusmodi”).
La
Iglesia es factor de orden y concordia
9] Progresistas
y laicistas radicales alegan con frecuencia que la defensa de las prerrogativas
de la Santa Iglesia como sociedad visible y perfecta, y del Reino Social de
Nuestro Señor, sería elemento de discordia y violencia en el orden individual,
como en el orden social. De ahí concluyen que es imperativo callar esas
características de la Iglesia, que según ellos, además, ya no valdrían para el
mundo moderno, relativista y religiosamente pluralista. Desconociendo
totalmente el verdadero espíritu católico, ellos llegan al error primario de
equiparar la doctrina católica tradicional al llamado fundamentalismo musulmán,
cuya violencia ha aterrorizado al mundo en nuestros días. Ahora bien, lo que
enseñan los Papas es que el verdadero y auténtico orden social cristiano es, de
sí, el más poderoso de los factores de harmonía y paz que puedan unir a los
hombres y a los pueblos.
10] Es esa la
lección de la Encíclica Immortale Dei,
de León XIII, en un trecho sobre la Edad Media, que se hizo famoso en la
doctrina social de la Iglesia: “Hubo un
tiempo en que la filosofía del Evangelio gobernaba los Estados. En aquella época
la eficacia propia de la sabiduría cristiana y su virtud divina habían
penetrado en las leyes, en las instituciones, en la moral de los pueblos,
infiltrándose en todas las clases y relaciones de la sociedad. La religión
fundada por Jesucristo se veía colocada firmemente en el grado de honor que le
corresponde y florecía en todas partes (…). El sacerdocio y el imperio vivían unidos en mutua concordia y
amistoso consorcio de voluntades. Organizado de este modo, el Estado produjo
bienes superiores a toda esperanza. Todavía subsiste la memoria de estos
beneficios y quedará vigente en innumerables monumentos históricos que ninguna
corruptora habilidad de los adversarios podrá desvirtuar u oscurecer” (Acta
Sanctae Sedis, 1885, vol. XVIII, p. 162/174).
11] Pío XI, en
la Encíclica Quas Primas, expone los
beneficios sociales que vendrían de la aceptación de la realeza social de
Nuestro Señor, resaltando “la concordia y
la paz” que resultarían de la “conciencia
de sus miembros del vínculo de fraternidad que los une”, llevando a la “esperanza de esa paz que a la Tierra vino a
traer el Rey Pacífico, ese rey que vino para reconciliar todas las cosas”.
Y continua diciendo que “si los
individuos, si las familias, si la sociedad se dejasen regir por Cristo”,
sucedería lo que pronosticaba León XIII: “volverán los bienes de la paz, caerán de las manos las espadas y las
armas”
(Enc. Quas Primas, AAS, vol. XVII, §“Itaque, si quando”).
Conclusión:
La bandera en lo alto de la ciudadela
12] La bandera
de la doctrina católica debe ondear siempre en lo alto de la ciudadela. Se
puede, sin dudar, señalar, en el ruido de la batalla y con prudencia, sea uno
de sus aspectos, sea otro; se puede dejar de exponer cierta verdad durante un
tiempo más o menos largo, pero no se puede aceptar que algún punto de la
doctrina sea estable y sistemáticamente omitido, por principio o por
oportunismo. Y los colores de la bandera no pueden desteñirse. Sin duda, hay la
hora de hablar, y hay la hora de callar. Pero, por lo menos implícitamente, y a
lo largo del tiempo explícitamente, la doctrina debe ser expuesta en su
totalidad.
13] La profesión
de fe es obligación de todo católico. De la Revelación, no se suprime ni si
quiera una iota. Los principios de la Iglesia como sociedad visible y perfecta,
y del Reino Social de Nuestro Señor, son básicos en la doctrina de la Iglesia.
Es innegociable el derecho, y conforme las circunstancias, el deber, de
proclamarlos. Son principios sencillos y en otros tiempos ampliamente
conocidos. Hoy, todavía, de tal modo negados, falseados o por lo menos
olvidados, urge proclamarlos, bajo pena de estar anunciándose “otro Evangelio” (San Pablo, Gal. 1, 6).
14] En defensa de eses principios
superiores de la Cristiandad, invocamos a la Reina clemente, piadosa, dulce,
siempre Virgen, María.
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