Israel quer impedir o Irã de usar o território sírio para criar uma rede de bases e fábricas de mísseis
Thomas L. Friedman, The New York Times, O Estado de S.Paulo
17 Abril 2018 | 05h00
Você já ouviu alguém afirmar que a Síria vai explodir? Deve ter ouvido isso antes, mas desta vez digo que ela vai realmente explodir. Porque o ataque conjunto americano, britânico e francês para punir o regime pelo uso infame de armas químicas e a promessa da Rússia de responder a ele, na verdade, é o segundo confronto que pode ocorrer na Síria. Mais perigoso ainda é o fato de que Irã e Israel, neste exato momento, parecem se dirigir também para um duelo.
O Centro de Pesquisas Cientifícas da Síria foi um dos alvos dos mais de 100 mísseis usados no ataque promovido por EUA, França e Reino Unido; o governo sírio afirmou que o local era usado para pesquisas farmacêuticas. Foto: EFE/EPA/Youssef Badawi
O Irã tenta transformar o país em uma base aérea avançada contra Israel. Os israelenses prometem que isso jamais ocorrerá. Não se trata de mera especulação. Nas últimas semanas, pela primeira vez, Israel e Irã começaram silenciosamente a trocar tiros diretamente, não por meio de mandatários, na Síria. E essa fase silenciosa está chegando ao fim. Israel e Irã estão agora muito perto de passar para a próxima etapa – e, se isso ocorrer, será difícil para EUA e Rússia ignorarem o confronto.
Permita-me explicar o que vem acontecendo a partir de um posto de observação na fronteira entre Israel e Síria, onde passei alguns dias. Vou começar mencionando o fato de que o recente ataque com mísseis lançado por americanos, britânicos e franceses foi uma operação pontual e o impacto será contido.
Ataques químicos confirmados
Uso de gases tóxicos ocorre principalmente no oeste da Síria
Rússia e Síria não têm interesse em atrair nova investida ocidental e intensificar o envolvimento de três grandes potências na Síria. E essas três potências ocidentais não querem se envolver muito mais no país. É a guerra direta, potencialmente impossível de ser contida, que vem fermentando entre Israel e Irã, que é muito mais provável e preocupante, se chegar a sua segunda fase.
A primeira ocorreu em 10 de fevereiro, quando um drone iraniano lançado pela Força Quds, da Guarda Revolucionária, operando na base aérea T4, da Síria, a leste de Homs, foi derrubado por um míssil lançado de um helicóptero Apache israelense, que o acompanhou depois de ter entrado no espaço aéreo de Israel. As primeiras notícias foram de que o drone estava apenas em missão de reconhecimento.
O porta-voz do Exército de Israel, general Ronen Manelis, porém, declarou que a rota de voo do drone e a “análise operacional e de inteligência das partes do aparelho iraniano” indicaram que ele transportava explosivos e sua missão era “um ato de sabotagem em território israelense”.
Cenário. Não tenho nenhum recurso para verificar independentemente essa afirmação. Mas o fato de os israelenses estarem clamando deve fazer soar o alarme. Se for verdade, indica que a Força Quds pode estar tentando lançar um ataque militar real contra Israel a partir de uma base área na Síria e não se tratou de apenas operação de reconhecimento. “Não é a primeira vez que vemos o Irã agindo contra Israel – e não por meio de algum mandatário”, disse uma fonte do Exército de Israel. “Este caso abriu uma nova fase.”
“Os crimes não ficarão sem resposta”, afirmou Ali Akbar Velayati, assessor do líder supremo do Irã. Desde então, oficiais israelense têm afirmado que, se os iranianos atacarem alvos israelenses, Israel usará a oportunidade para uma investida em massa contra toda a infraestrutura militar iraniana na Síria, onde o Irã pretende estabelecer uma base aérea avançada e também uma fábrica para mísseis guiados por GPS que poderão atingir alvos dentro do território de Israel com uma precisão maior.
Os israelenses afirmam que a chance é zero de Israel incorrer no erro cometido no Líbano e permitir que o Hezbollah os ameace com mísseis ou que o Irã faça o mesmo diretamente na Síria.
O Irã afirma estar instalando bases na Síria para se proteger de Israel, mas os israelenses não têm nenhum objetivo na Síria. Na realidade, preferem o demônio que já conhecem – Assad – ao caos que se instalou. E não têm interferido na guerra civil, salvo para impedir a expansão da infraestrutura militar do Irã ali ou para responder às bombas sírias ou dos rebeldes que caem em território israelense.
Compreendo as preocupações do Irã no Golfo. O país enfrenta vários poderes árabes sunitas pró-americanos hostis que tentam conter sua influência e corroer seu regime islâmico. Da perspectiva do Irã, esses poderes são uma ameaça. Mas o que o Irã está fazendo na Síria?
A tentativa de Teerã de criar uma rede de bases e fábricas de mísseis na Síria – agora que ajudou Assad a esmagar a revolta contra ele – parece ser um jogo de poder do líder da Força Quds, Qassem Suleimani, para estender o controle do Irã sobre áreas-chave do mundo árabe sunita e fomentar a luta de poder com o presidente Hassan Rouhani. A Força Quds hoje controla mais ou menos, por meio de forças delegadas, quatro capitais árabes: Damasco, Beirute, Bagdá e Sanaa.
O Irã realmente se tornou a maior “força da ocupação” no mundo árabe. Mas Suleimani pode estar superestimando seu poder, especialmente num confronto direto com Israel na Síria, longe do Irã, e sem proteção aérea. Afinal, mesmo antes disso, muitos iranianos já vêm questionando porque o Irã está gastando bilhões de dólares que deveriam ser revertidos para os iranianos, travando guerras na Síria, Líbano e Iêmen.
Esta é, certamente, uma razão pela qual o Irã não retaliou – ainda. Suleimani precisa pensar duas vezes antes de iniciar uma guerra direta e total com Israel, pois outra coisa vem acontecendo e muita gente ainda não notou: a moeda iraniana está perdendo valor no próprio país.
Além disso, autoridades militares israelenses acham que o presidente russo, Vladimir Putin, e Suleimani não são mais aliados naturais. Putin deseja e precisa de uma Síria estável onde sua marionete, Assad, se mantenha no controle e a Rússia possa ter uma presença naval e aérea avançada sem gastar muito.
Rouhani, do Irã, provavelmente também prefere uma Síria estabilizada, onde Assad tenha consolidado seu poder. Mas Suleimani e a Força Quds parecem aspirar um domínio maior sobre o mundo árabe e colocar mais pressão sobre Israel. A menos que Suleimani retroceda, estamos prestes a ver na Síria uma força irresistível – a Força Quds do Irã – enfrentando um objeto inamovível – Israel. Apertem os cintos. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
Nací en Madrid en el año 1.948. Estudié durante nueve años en los colegios de la Compañía de Jesús de Areneros y del Recuerdo de Madrid.
Licenciado en derecho por la Facultad de Derecho de la Universidad Complutense de Madrid, estudié también los dos primeros cursos de Ingeniero de Minas del plan 1964 en la E.T.S.I. de Minas de Madrid.
Además de mi lengua materna, el castellano, leo fluentemente el portugués, francés, italiano, y latín. Tengo nociones de inglés, griego y hebreo bíblico.
Desde muy joven ingresé en la Familia de Almas fundada por el Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, habiendo sido fundador y presidente de la Sociedad Cultural Covadonga – TFP.
Como miembro de la Familia de Almas fundada por el Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, asumo totalmente el análisis filosófico-histórico de su obra cumbre: el libro Revolución y Contra-Revolución, síntesis de su pensamiento en esta área, y punto de partida para el apostolado lego del Prof. Plinio Corrêa de Oliveira y de toda la Familia de Almas por él fundada. Con sus propias palabras diremos: «Revolução e Contra-Revolução não é senão uma aplicação da Doutrina Católica a certas situações históricas». En la médula de su pensamiento están: El Magisterio Tradicional de la Iglesia y Santo Tomás: «Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução» (cfr. Auto-retrato filosófico de Plinio Corrêa de Oliveira. Revista “Catolicismo” (http://www.catolicismo.com.br), outubro de 1996, N° 550. Editora Padre Belchior de Pontes Ltda. Sáo Paulo – Brasil. Cfr. También en el sitehttp://www.pliniocorreadeoliveira.info/).
Este Blog «Las Españas», que considero una forma de apostolado lego, copia las noticias de modo indicativo, no exhaustivo, que señalan en qué estado está España, por eso prácticamente el noticiario seleccionado se dedica a España, aunque a menudo reproducimos noticias que no son de España, pero que conforme el caso pueden afectar al rumbo histórico de España.
¿Por qué «Las Españas»? Fue el título de nuestros Reyes, Reyes de todas Las Españas, desde los Reyes Católicos hasta el Rey Carlos II último rey de la Casa de Austria. Representa el respeto a la diversidad regional.
Finalmente diremos que ese apostolado tiene como ideal el enunciado por San Luis María Grignion de Montfort en su «Tratado de la Verdadera Devoción a la Santíssima Virgen». «Ut adveniat regnum tuum, adveniat regnum Mariae» (op. cit., Vozes, Petrópolis, 1984, 13ª ed., no 217, pp. 210-211).
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