4 de noviembre de 2008
Anúncio da visita de Amorim ao Irã cria mal-estar com Israel
Folha de São Paulo - São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008
DIPLOMACIA
Anúncio da visita de Amorim ao Irã cria mal-estar com Israel
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRASAMY ADGHIRNIDA REPORTAGEM LOCAL O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chega amanhã a Teerã, onde se reúne com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. É a primeira visita de um chanceler brasileiro ao Irã em 17 anos. Além de cumprir agenda comercial, o ministro vai acertar os detalhes da primeira visita de Estado de Ahmadinejad ao Brasil em 2009. O anúncio da viagem incomodou a diplomacia israelense.Em reação, a Embaixada de Israel em Brasília disparou por e-mail várias notas criticando o governo iraniano. "Ahmadinejad fala e age como se fosse o novo líder do Terceiro Mundo. O Irã está se preparando para ser o líder do "Eixo do Mal" do Oriente Médio", diz uma das mensagens. Questionado, o chefe interino da embaixada israelense, Raphael Singer, admitiu o mal-estar. "Estamos um pouco incomodados com o "timing" dessa visita, pois Ahmadinejad voltou a pregar que Israel seja varrido do mapa. É um líder anti-semita", disse Singer à Folha.O Itamaraty não quis comentar as declarações. O embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, confirmou os acertos para a visita de Ahmadinejad, que busca se aproximar de Lula para avalizar internacionalmente o seu programa nuclear, que diz ser civil e pacífico, como o do Brasil.Shaterzadeh espera que o comércio bilateral vá de US$ 2 bilhões para US$ 10 bilhões a curto prazo e promete oportunidades de negócios em 19 áreas. O plano prevê investimentos de US$ 3,6 trilhões em 20 anos.
DIPLOMACIA
Anúncio da visita de Amorim ao Irã cria mal-estar com Israel
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRASAMY ADGHIRNIDA REPORTAGEM LOCAL O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chega amanhã a Teerã, onde se reúne com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. É a primeira visita de um chanceler brasileiro ao Irã em 17 anos. Além de cumprir agenda comercial, o ministro vai acertar os detalhes da primeira visita de Estado de Ahmadinejad ao Brasil em 2009. O anúncio da viagem incomodou a diplomacia israelense.Em reação, a Embaixada de Israel em Brasília disparou por e-mail várias notas criticando o governo iraniano. "Ahmadinejad fala e age como se fosse o novo líder do Terceiro Mundo. O Irã está se preparando para ser o líder do "Eixo do Mal" do Oriente Médio", diz uma das mensagens. Questionado, o chefe interino da embaixada israelense, Raphael Singer, admitiu o mal-estar. "Estamos um pouco incomodados com o "timing" dessa visita, pois Ahmadinejad voltou a pregar que Israel seja varrido do mapa. É um líder anti-semita", disse Singer à Folha.O Itamaraty não quis comentar as declarações. O embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, confirmou os acertos para a visita de Ahmadinejad, que busca se aproximar de Lula para avalizar internacionalmente o seu programa nuclear, que diz ser civil e pacífico, como o do Brasil.Shaterzadeh espera que o comércio bilateral vá de US$ 2 bilhões para US$ 10 bilhões a curto prazo e promete oportunidades de negócios em 19 áreas. O plano prevê investimentos de US$ 3,6 trilhões em 20 anos.