30 de agosto de 2010

Espanha: 12 mártires carmelitas a caminho dos altares (I y II)

ZP10082204 - 22-08-2010

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Espanha: 12 mártires carmelitas a caminho dos altares (I)


Por Carmen Elena Villa
ROMA, domingo, 22 de agosto de 2010 (ZENIT.org) - "Senhores, em breve estaremos diante do tribunal de Deus: preparemo-nos!": estas foram as palavras do Pe. José María Mateos aos seus irmãos de comunidade, antes de morrer assassinado durante a perseguição religiosa na Espanha, na década de 30.
O Papa Bento XVI assinou o decreto no qual se comprova o martírio deste religioso, junto a outros 10 carmelitas. Todos foram assassinados entre julho e setembro de 1936.
São os padres Elías María Durán, José María Mateos, José María González, e os irmãos Jaime María Carretero e Ramón María Pérez Sousa, Antonio María Martín e Pedro Velasco.
A perseguição contra a Igreja havia começado há vários anos, depois da proclamação da Espanha no regime republicano, em 1931. No entanto, o ódio contra a Igreja se desencadeou de maneira mais forte a partir de 18 de julho de 1936, com o começo da guerra civil. Houve numerosos incêndios a conventos, destruições de imagens sagradas, calúnias sobre religiosos e perseguições.
Em Andaluzia, a perseguição foi breve, mas muito sangrenta. Lá se encontravam os carmelitas, que moravam nos conventos de Motoro e Duque de Hinojosa. Seu trabalho era essencialmente pastoral e não tinham nada a ver com assuntos políticos. Não obstante, os republicanos os consideravam um obstáculo para os planos futuros.
Apesar dos poucos dados biográficos que se têm desses religiosos, a Congregação para as Causas dos Santos comprovou seu martírio porque a saída mais fácil para evitar que morressem ou que fossem presos era a de renunciar à vida religiosa; no entanto, eles permaneceram fiéis à sua vocação, mostraram o amor e o perdão aos seus verdugos e até o final demonstraram seu amor a Cristo.
Por isso, a causa para a sua canonização foi inscrita em 1958 na diocese de Córdoba, onde os habitantes ainda falam e lembram desse grupo de mártires. Alguns comentam favores recebidos por sua intercessão. Também há algumas ruas com seus nomes.
"Eram duas comunidades diferentes e foram martirizadas em momentos diversos", disse a ZENIT o postulador desta causa, Pe. Giovanni Grosso.
No convento de Montoro
A comunidade carmelita de Montoro vivia alheia a toda ação política. Seus religiosos se dedicavam ao ensino do carisma carmelita. Os milicianos entraram neste convento no dia 19 de julho de 1936, com o fim de assassinar "tudo que cheirasse a cera".
Assim, prenderam os religiosos. Entre eles, estavam os sacerdotes José María Mateos e Eliseo Durán, que se dedicaram a confessar outros prisioneiros, a dar-lhes esperança no Senhor e a dirigir momentos de oração. "A sacristia do convento foi transformada em uma prisão", disse o Pe. Giovanni.
No dia 22 de julho, assaltaram a prisão. Alguns se prepararam para o martírio com disposição penitencial, comendo somente pão, "pois, como sabiam que iam morrer, queriam estar mais bem preparados para o martírio, observando cabalmente a abstinência do dia", disse uma testemunha, que foi citada na Positio apresentada à Congregação para a Causa dos Santos.
José María Mateos
Este sacerdote nasceu em 1902. Aos 17 anos, entrou na comunidade e foi ordenado sacerdote em 1925. Dentro dos carmelitas, serviu como prefeito de teólogos, leitor de teologia, examinador sinodal e professor de teologia.
Suas boas pregações, sua sensibilidade pelas necessidades dos pobres e seu zelo pelo trabalho, ainda nas pequenas coisas, eram suas características mais destacadas.
Dois anos antes de sua morte, foi nomeado vice-prior do convento e depois prior. Celebrou sua última Missa no dia em que os milicianos entraram no convento. Os que estiveram presos com ele contam que pediu aos verdugos que assassinassem eles ao invés dos pais de família que estavam lá presentes.
"Comportou-se bem lá na prisão, incentivando todos; ele nos dirigia na oração do santo terço. Eu o via sentado em sua poltrona e alguns se aproximavam dele, talvez para ser ouvidos por ele em confissão", disse Apolinar Peralbo, um dos seus colegas de cativeiro.
Outra das testemunhas afirma que, antes de ser assassinado, colocaram nele uma coroa de espinhos, dizendo-lhe: "Como o seu divino Mestre".
"Morreu no dia 22 de julho, por volta das 16h. Tínhamos terminado de almoçar e rezar o terço quando aquela tropa chegou e começou a matá-los, primeiro com machados, depois com tiros e depois a facadas", disse uma testemunha da sua morte.
"Eu tinha subido com outros no andar de cima, ouvi a voz, mas não entendi o que dizia. Depois, pelo rumor da rua, eu soube que lhes dissera que matassem eles e não os demais, que eram pais de família", recordou.
Os outros mártires
Dentro desse grupo se encontrava também o Pe. Eliseo Durán, que nasceu em 1906, entrou na comunidade em 1924 e foi ordenado em 1932.
Junto com o Pe. José María, ofereceu sua vida pelos pais de família. Ele se encarregava da formação dos meninos, era alegre, jovial e simples. "Tinha fama de religioso bom e muito querido por todos, por sua humildade e simplicidade", disse uma das testemunhas na Positio.
Também estava nesse grupo o irmão Jaime María Carretero, nascido em 1911. Entrou em 1929 e morreu no ano em que havia feito sua profissão solene, 1936. Seus irmãos o viam como "modelo de obediência" e alguns o chamavam de "pequeno santo".
Também foi assassinado lá Ramón Pérez Sousa, quem havia entrado na comunidade somente 3 anos antes de sua morte, aos 33 anos. Apesar de ter terminado seu noviciado pouco antes, tinha uma forte convicção de sua vocação. Dele sobressaíam "sua obediência e sua austeridade".
[A segunda parte desta reportagem será publicada no próximo domingo, 29 de agosto]

ZP10082906 - 29-08-2010

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Espanha: 12 mártires carmelitas a caminho dos altares (II)

Por Carmen Elena Villa
ROMA, domingo, 29 de agosto de 2010 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI assinou o decreto que comprova o martírio do Pe. José María Mateos, junto com os sacerdotes Elías María Durán, José María Mateos, José María González, e os irmãos Jaime María Carretero e Ramón María Pérez Sousa, Antonio María Martín e Pedro Velasco.
Todos foram assassinados entre julho e setembro de 1936. Os religiosos foram presos nos conventos de Montoro e de Hinojosa del Duque.
Publicamos a segunda parte desta reportagem. A primeira parte foi publicada no domingo passado e nela se narra a invasão do convento de Montoro e o assassinato de José María Mateos e Elías Durán.
Hinojosa del Duque
Outros 50 religiosos carmelitas moravam no convento da pequena cidade de Hinojosa del Duque, situada na província de Córdoba, em Andaluzia. Esta se caracterizava por ser muito pacífica.
No entanto, no dia 27 de julho de 1936, vários milicianos irromperam a calma, entrando no convento. Alguns religiosos, por precaução, haviam sido enviados às casas das suas famílias, alguns dias antes.
"Lá, o ambiente era de destruir tudo o que cheirasse a religião, tanto as imagens sagradas como os edifícios sagrados ou templos; os milicianos eram assassinos e incendiários, profanavam tudo o que encontravam pela frente; por exemplo, colocavam os confessionários nas portas do templo, para que servissem de guaritas", diz uma testemunha citada na Positio.
Muitos deles perceberam que o martírio se aproximava, razão pela qual quiseram dispor-se interiormente, fazendo penitência e comendo somente pão e água.
"Só sei que pareciam todos valentes e decididos para receber ou sofrer o martírio. Isso eu sei também por sua família", disse Sor Damiana Goñi Senosaín, uma das testemunhas.
Moyano Linares, íntegro até o final
Este sacerdote, que foi também o provincial da comunidade entre 1926 e 1932, nasceu em 1891 e entrou na comunidade em 1907. Recebeu o sacramento da ordem em 1914, na basílica de São João de Latrão, em Roma.
"Era culturalmente de maior nível. Havia entendido e estava convencido de que deveriam sofrer o martírio", disse o Pe. Grosso.
O Pe. Moyano permaneceu 38 dias preso por seus perseguidores antes de ser assassinado. Foi amontoado junto a outras 70 pessoas e humilhado da pior maneira: jogaram fezes nele e o deixaram em uma cela com uma prostituta. Ele permaneceu fiel ao voto de celibato.
"Tiravam-no de lá para realizar operações de limpeza pública, como varredor, ou trabalhos pesados, carregar sacos, regar as árvores do parque. Espancavam-no até fazê-lo sangrar", conta uma testemunha.
"Ele pediu para ser o último em morrer, para poder absolver os pecados de todos os seus companheiros de cativeiro", conta,
"Sua conduta na prisão foi exemplar. E eu o ouvi dizer ao meu irmão que costumava exigir deles um perdão positivo dos seus inimigos", assegurou Juan Jurado Ruiz, outra testemunha.
Pe. José María González Delgado
O amor a Nossa Senhora e ao Santíssimo Sacramento era o que mais caracterizava José María González Delgado, nascido em 1908. Aos 21 anos, ingressou na Ordem e fez sua profissão solene em 1935.
"A era dos mártires ainda não terminou. Talvez Deus tenha nos destinado a seguir os passos daqueles heróis", escreveu uma vez ao seu diretor espiritual.
E foi ele o primeiro em morrer após a invasão ao convento de Hinojosa del Duque. Os milicianos jogaram uma bomba. "Ele fugiu e foi buscar sua família. Uma prima não o acolheu, outra sim", conta o Pe. Grosso. "Depois, descobriram uma medalha no pescoço dele e assim o prenderam", conta seu postulador.
Uma das testemunhas relatou como o levaram até a morte, junto a outros presos: "Serviram como escudos humanos. No meio da confusão, foram matando todos a tiros, no pátio da prefeitura".
Eliseo Camargo Montes
Este religioso nasceu em 1887 e entrou no convento aos 28 anos, depois de ter mantido sua família com seu trabalho, devido à morte prematura dos seus pais.
Era o cozinheiro da comunidade. No dia da invasão, pulou o muro do convento e foi hospedou em uma casa de família. No entanto, os milicianos o capturaram supostamente para que servisse de guia na busca de armas. Obrigaram-no a pisotear o sangue dos seus irmãos.
Foi assassinado junto com o Irmão José María. "Ambos demonstraram valor diante dos sofrimentos, sem queixar-se; foram presos e depois assassinados unicamente por serem religiosos. Fundo esta crença no conhecimento que tive de ambos", disse Alfonso María Cobos López, uma das testemunhas.
Nessa invasão, foi martirizado também José María González Cardeñosa, nascido em 1902. Sua mãe morreu quando ele tinha 2 anos e por isso ficou sob os cuidados da sua avó. Aos 23 anos, fez sua profissão solene, apesar de que seu pai se opunha à sua vocação. Seus irmãos lembravam dele como alguém humilde, caridoso com o próximo e obediente com seus superiores.
No dia da invasão ao convento, ele quis ficar junto com Antonio María Marín e Pedro Velasco Narbona.
Também morreu Antonio María Povea, que entrou na comunidade aos 36 anos. Era o porteiro do convento e nele se destacava a paciência, a simplicidade e a humildade. Foi ele quem abriu a porta aos milicianos e, nesse momento, foi tomado como refém. "Só sei que deve ter morrido por ser religioso, pois não havia outro motivo ou razão", disse a testemunha José Lotillo Rubio.
Por último, está o postulante Pedro Velasco Carbona, nascido em 1892 e membro da Ordem desde 1933. Junto com Antônio, decidiu permanecer no convento, apesar de que isso colocava sua vida em risco. Era o sapateiro e cumpria muito bem suas tarefas como postulante.

Unidad de Acción rural: la forja de una élite

ABC

Unidad de Acción rural: la forja de una élite

En los últimos años sus hombres se han enfrentado con ETA y con la muerte casi en paralelo. A este grupo pertenecían el capitán y el alférez fallecidos en Afganistán
cruz morcillo / madrid

Día 30/08/2010 - 09.42h


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Son los más rápidos, los que cuentan con tiradores excepcionales, los que igual se enfrentan a unos terroristas en el monte, que saltan de un helicóptero o se lanzan paracaídas, los que controlan las carreteras vascas y se patean los caseríos; los más odiados por los cachorros borrokas. Son los hombres del GAR, el Grupo de Acción Rural de la Guardia Civil, élite forjada en el riesgo y la especialización. No es la primera vez que pierden a uno de los suyos, pero esta por inesperada ha sido especialmente dura. En sus 30 años de vida han participado en la detención de más de 300 etarras.

Lo que hoy se denomina Unidad de Acción Rural (UAR) engloba a las cuatro compañías del GAR, una en cada provincia vasca y otra en Navarra, así como al prestigioso Centro de Adiestramientos Especiales, donde estaban destinados el capitán José María Galera y el alférez Abraham Leoncio Bravo. Cuenta con casi 600 agentes, de los que más de medio centenar pertenecen al Grupo de Acción Rural, los tipos de la calle y la “muga”, los que vigilan cada “nido” sospechoso. La UAR hunde sus raíces en el Grupo Antiterrorista Rural, creado en 1982, en los años duros de ETA cuando la banda campaba a sus anchas y se nutría de apoyos y fraternidad en cada esquina del País Vasco. Desde siempre ha tenido su base en Logroño; allí descansan los agentes, allí viven y allí se forman con las mejores técnicas y los medios necesarios, como una gran familia.
Su cometido estrella es la lucha antiterrorista, pero no el único; son también quienes se encargan de operaciones que exigen respuesta rápida o que llevan aparejado un riesgo alto. Una característica poco conocida pese a que resulta evidente es la juventud de sus miembros. Los cabos y guardias deben causar baja en la unidad al cumplir los 40 años y los suboficiales a los 45, y solo con carácter excepcional podrán superar estas edades.
Su historia reciente la adorna un madrinazgo muy especial: el de la Princesa de Asturias, quien en junio de 2005 con motivo del XXV aniversario de la Unidad les entregó la bandera española para poder usarla en sus actos oficiales. Tocada con mantilla negra, ante los GAR pronunció Doña Letizia su primer discurso oficial.
A lo largo de estos años, sus hombres, vestidos con el mismo uniforme de campaña en invierno y en verano, se han enfrentado con ETA y con la muerte casi en paralelo. El primer agente que perdió la vida en el GAR también era un oficial, un teniente. Hasta el miércoles, cuando la muerte viajó hasta Qala-i-Naw, le habían seguido otros cuatro compañeros y una treintena larga de heridos, como el guardia que quedó paralítico al entrarle una bala terrorista por el cuello y partirle la columna. Casi todas las víctimas pertenecían a la misma sección, una de la compañía de Guipúzcoa, que fue bautizada como la “sección maldita” por los hombres bravos del grupo de acción rural. Pero ahí siguieron y se llevaron por delante a diez terroristas en esas escaramuzas. Una de sus grandes hazañas, orgullo de la Unidad, fue la desarticulación del comando de secuestros con que contaba ETA y la posterior liberación del funcionario de Prisiones, José Antonio Ortega Lara en 1997.
El Centro de Adiestramientos Especiales, que trasladó su sede a Logroño desde El Escorial, es una auténtica universidad en determinadas disciplinas: allí se forman los hombres del GAR, los que protegen a personalidades, los que se encargan de la seguridad del presidente del Gobierno, los instructores de tiro y aquellos que van a participar en misiones internacionales. Miles y miles de agentes, no solo de la Guardia Civil, sino también del Ejército, de la Armada y de otros cuerpos policiales españoles y extranjeros. Todo en esa base de Logroño es élite, una élite que hoy está diezmada por la pena pero que mañana seguirá forjando héroes anónimos.

The Economist subraya que «Zapatero ha perdido su mano de hierro»

ABC

The Economist subraya que «Zapatero ha perdido su mano de hierro»

El diario apunta en un artículo que la «pelea» entre Tomás Gómez y Trinidad Jiménez beneficia a Esperanza Aguirre

abc / madrid
Día 30/08/2010 - 09.44h

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La polémica por las elecciones primarias que habrá en el PSOE de Madrid para decidir si Tomás Gómez o Trinidad Jiménez liderará la candidatura del partido para la presidencia de la Comunidad ha llegado hasta el Reino Unido. El diario «The Economist» ha publicado un artículo titulado «Losing his grip» («Perdiendo el control») en el que critica «el intento de imponer un candidato» para las elecciones al Gobierno regional de Madrid, que se celebrarán en 2011 y le reprocha la pérdida de su «mano de hierro» desde que se hizo con el liderazgo del Partido Socialista.

Sobre la negativa de Tomás Gómez de aceptar a Trinidad Jiménez como candidata y forzar a la celebración de unas elecciones primarias, «The Economist» dice que el actual líder del PSM ha preferido «forzar» la celebración de unas primarias «más que reverenciarse ante las demandas del jefe».
El diario inglés sigue diciendo que ha comenzado «la pelea» por conseguir el voto y que ésta sirve para «el regocijo» de Esperanza Aguirre, a la que, y siempre según el artículo del rotativo, esta «riña socialista» le sirve como «ventaja».
El artículo termina diciendo que Zapatero «saldrá dañado» en el seno de su propio candidato si Jiménez pierde las primarias de octubre.
Sonsoles Espinosa y los españoles, «cansados»
«The Economist» apunta además que las medidas tomadas por Zapatero para reducir el déficit han vuelto su figura más impopular y que tanto los españoles como su esposa, Sonsoloes Espinosa, están «cansados»; los primeros, de la gestión de la crisis llevada a cabo por el presidente, mientras que Espinosa lo estaría de la vida en el Palacio de la Moncloa.

Zapatero, dispuesto a hablar de autogobierno con el PNV

ABC

España

Zapatero, dispuesto a hablar de autogobierno con el PNV

El presidente del Gobierno ha dicho que no habrá cambios fiscales «sustanciales». La negociación de los PGE se hará «dentro del marco estatutario»

LUIS AYLLÓN / ENVIADO ESPECIAL A shanghai

Día 30/08/2010 - 13.14h

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El presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, ha afirmado que las modificaciones fiscales que podría introducir el Gobierno en los Presupuestos Generales del Estado de 2011 "no serán sustanciales" y circunscribió la posible reforma a la idea de exigir un esfuerzo "mayor" a las rentas más altas. Durante una rueda de prensa en Shangai (China), con motivo de su visita oficial al país, Zapatero ha expresado su disposición a dialogar con el PNV en busca de su apoyo para los PGE, si bien ha matizado que hablará de posibles transferencias de competencias "dentro del marco estatutario" y siempre que "incidan en asuntos económicos y de empleo". El PNV reclama más autobogierno como condición para dar su respaldo parlamentario a la tramitación de las cuentas de 2011.
Zapatero trae al recuerdo el pacto de 1996 para repeler las críticas actuales del PP
Zapatero ha insistido en que el PNV respaldó los presupuestos el año pasado y ha añadido: "Esperamos que así sea ahora". Ironizó con las críticas vertidas por el PP hacia la posibilidad de un pacto del PSOE y el PNV en el Congreso aludiendo a que en el año 1996 también se hablaba de ese "sentido de la responsabilidad" con las fuerzas nacionalistas y se pactaba con ellas para la tramitación de las cuentas generales. El jefe del Ejecutivo ha bromeado: "Quizá eran tiempos de hablar catalán en la intimidad", en alusión a la famosa frase pronunciada por el otrora presidente del Gobierno, José María Aznar.

Zapatero ha señalado que las cuentas del próximo año no recogerán "reformas sustanciales" en materia fiscal, y añadió que, en todo caso, las "innovaciones y modificaciones" que se puedan introducir irán "en la línea de exigir un esfuerzo mayor a quienes tengan más capacidad económica".
PGE con talante
En cualquier caso y tras reiterar hasta en tres ocasiones que dicha reforma no será sustancial, el jefe del Ejecutivo supeditó también el cambio fiscal al diálogo con los grupos parlamentarios para sacar adelante los Presupuestos del próximo año, de los que dijo que confía en su capacidad de diálogo para aprobar las cuentas de 2011.
Zapatero anunció además que el próximo curso político que se inicia en este trimestre estará protagonizado por medidas de carácter económico, entre las que citó la Ley de Economía Sostenible, que se debatirá en paralelo a los Presupuestos de 2011.

28 de agosto de 2010

El obispo de Tarrasa consulta a sus superiores sobre el hospital que practica abortos

ABC

El obispo de Tarrasa consulta a sus superiores sobre el hospital que practica abortos

El Arzobispado de Barcelona, vinculado a otro centro que los realiza, mantiene el mutismo

ESTHER ARMORA / BARCELONA

Día 28/08/2010 - 03.11h

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Primer pronunciamiento de la Iglesia respecto a la información publicada por ABC sobre la práctica de abortos en hospitales en los que tiene participación. En un comunicado emitido ayer, el Obispado de Tarrasa, al que rinde cuentas la parroquia Sant Esteve de Granollers, que participa en el patronato de uno de estos centros —el Hospital General de Granollers (Barcelona)—, expresa su más absoluta condena a que se practiquen estas intervenciones y avanza que el pasado marzo, tras comprobar que en el citado centro se realizaban Interrupciones Voluntarias del Embarazo (IVE ), elevó una consulta a «sus superiores», de la que todavía no ha obtenido respuesta.

Fuentes del Obispado de Tarrasa consultadas por ABC no aclararon si la queja la han remitido únicamente al Arzobispado de Barcelona, directamente implicado en el caso por su participación en el patronato del hospital de Sant Pau, donde también se realizan abortos; a la Conferencia Episcopal o a la Santa Sede, aunque, según ha posido saber este diario, podrían tener constancia de su malestar «tanto el Arzobispado como la Conferencia Episcopal».
Mientras, el Arzobispado barcelonés se mantiene en el más absoluto mutismo. La Conferencia Episcopal Española, por su parte, remite a los obispos catalanes.
Repulsa por la situación
Según aclara la nota del Obispado de Tarrasa, el prelado diocesano, monseñor Josep Àngel Saiz Meneses, «ha manifestado reiteradamente y de manera pública su repulsa y clara condena a la legislación que permite la interrupción voluntaria del embarazo en cualquier supuesto». El Obispado admite también su participación en el Hospital General de Granollers y asegura que sus representantes en el centro ya se han opuesto internamente a esta situación.
«Los dos miembros de la Iglesia que forman parte del Hospital General de Granollers, mencionado en la información del diario, son también contrarios a esta práctica y así lo han manifestado», indica la nota del Obispado catalán. La institución eclesial reconoce que antes de la publicación de la noticia en ABC —la pasada primavera—, «llegaron al Obispado comentarios al respecto de tales hechos y se procedió de inmediato a confirmar si era cierto», por lo que, según explica, una vez constatado que se realizaban tales prácticas, «el prelado diocesano emprendió las consultas pertinentes con sus superiores en orden a tomar la decisión de futuro más conveniente en coherencia con la doctrina católica sobre el tema en esta cuestión». Hasta la fecha, el Obispado egarense no ha recibido respuesta de las citadas instancias superiores. También se ha pronunciado al respecto la gerencia del Hospital General de Granollers. En una nota emitida el jueves, el centro aclara que hasta la entrada en vigor de la nueva Ley del Aborto (julio 2010), «el hospital sólo ha realizado intervenciones quirúrgicas en aquellos supuestos en los que clínicamente —y sólo hasta las 20 semanas de gestación— se identificaba una malformación grave contrastada del feto». Aclaraba también que «en ningún caso se han practicado IVE por alteración psicológica de la madre inducida por el embarazo».
«Sólo cumplimos la ley»
En igual sentido respondió la dirección del Hospital de Sant Pau, el otro centro con participación eclesiástica señalado en la denuncia de este diario. Portavoces del Sant Pau, cuyo máximo órgano de gobierno está integrado por la Generalitat, el Ayuntamiento y el Arzobispado de Barcelona, con dos representantes cada uno, aclararon que «en este centro sólo se practican IVE en los supuestos que establece la ley». «No hacemos nada ilegal, sólo cumplimos la ley», aseguraron portavoces del hospital barcelonés.
Sólo en un año, el servicio de ginecología de este centro realizó una veintena de estas intervenciones sin que el Arzobispado, que sigue sin reaccionar, realizara ninguna manifestación pública de rechazo. Las principales asociaciones en defensa de la vida se han sumado al toque de atención de los obispos y en declaraciones a ABC han mostrado su «indignación» y repulsa por esta situación.
«Debe ser más beligerante»
El presidente de la Federación Internacional de Médicos Cristianos, el doctor Josep Maria Simón, lamentó que hasta la fecha no se haya producido una oposición enérgica a esta situación, que atenta directamente contra la esencia de la doctrina católica y reclamó a los participantes de la Iglesia una «actitud más beligerante»
«No pongo en duda que dentro del Hospital de Sant Pau, los representantes eclesiales (dos canónigos de la Catedral de Barcelona) hayan expresado su rechazo a que se realicen estas prácticas, aunque lo que está claro es que no han trasladado esta queja públicamente y eso puede llevar a la gente a pensar que están de acuerdo con que se realicen estas intervenciones», denunció Simón. «Interrumpir una vida está mal y eso deberían dejarlo claro públicamente los representantes eclesiásticos que participan en el centro», añadió.
A su entender, tienen dos opciones: «Abandonar el hospital porque las practicas que realizan van en contra de lo que dicta la doctrina católica o mostrarse mucho más combativos que hasta ahora para hacer valer su peso en la institución».
El Foro de la Familia se ha mostrado también contundente con esta situación tan paradójica. Benigno Blanco, presidente de esta organización cívica, la mayor de las que actúan en España, declaró que es «escandaloso que en un hospital en el que la Iglesia esté implicada directa o indirectamente se practique un solo aborto».
«Resulta incongruente, con la posición absolutamente modélica que mantiene la Iglesia en su defensa de la vida», añadió Blanco e instó a la institución eclesiástica a que «rectifique y solucione urgentemente esta situación».
«Tal vez no lo sabían»
El presidente de E-cristians, Josep Miró i Ardèvol, también reaccionó con estupor ante la información. Miró expresó, no obstante, su convencimiento de que «los representantes de la Iglesia no son conscientes de que se estaban realizando este tipo de intervenciones en los citados hospitales», sospecha que ayer desmintió el Obispado de Tarrasa.
Por su parte, Magí Freixa, secretario de la Fundación Pro Vida de Barcelona, denunció la situación e hizo especial hincapié en el caso del Hospital de Sant Pau, aunque recordó que la capacidad de decisión de la Iglesia en el centro —dos respresentantes de los seis que integran el patronato— es reducida. «Si deciden no abandonar el centro quizás pueden minimizar el impacto de las medidas que se aprueban que son contrarias a la doctrina eclesiástica».
«El Gobierno anima la promiscuidad»
El presidente del Foro Español de la Familia (FEF), Benigno Blanco, acusó ayer al Gobierno de «animar a la promiscuidad» en los colegios con la guía «Ganar salud en la escuela» que han presentado esta semana los ministerios de Educación y Sanidad y que incorpora un capítulo de educación sexual.
Así, en declaraciones a Ep, denunció que el Ejecutivo «engaña a los jóvenes con propaganda sobre el preservativo». «Se les anuncia un sexo seguro que no existe, anima a la promiscuidad sexual y aumentan el número de embarazos y abortos. Es un error desde el punto de vista sanitario», sentenció. También acusó a los gabinetes de Ángel Gabilondo y Trinidad Jiménez de «violar el derechos de los padres a educar a sus hijos según sus convicciones» y criticó que no se den cuenta de que en la sociedad «hay distintas concepciones morales e ideológicas sobre la sexualidad y que no tienen derecho a imponer ni a sugerir ninguna de ellas en la escuela». En su opinión, la educación sexual compete al derecho de los padres a la educación y, por ello, las administraciones públicas no pueden optar por una opción en concreto, tampoco la visión cristiana de este asunto. Con todo, añadió que la postura del Gobierno es «totalitaria, violadora del pluralismo ideológico y religioso y violadora del derecho de los padres a educar a sus hijos según sus convicciones».
Por su parte, el presidente de la Confederación Española de Asociaciones de Padres y Madres de Alumnos (Ceapa), Pedro Rascón, aprobó que la educación sexual se incluya entre la formación ha impartir en las escuelas, pues la considera «adecuada». No obstante, aclaró que esto «no quiere decir que los padres pierdan su papel. Por el contrario, a muchos padres les ayuda afrontar cuestiones complejas». Tras defender que la formación sexual en la escuela «no es ninguna intromisión», manifestó la importancia de la colaboración entre los padres y el centro.

Mil personas recuerdan a los presos de ETA en Bilbao

EL PAIS

Mil personas recuerdan a los presos de ETA en Bilbao

A. ELORZA - Bilbao - 28/08/2010



Un millar de personas secundaron ayer el acto político convocado por ciudadanos cercanos a la izquierda abertzale en Bilbao, con motivo de del día grande de sus fiestas. En la concentración, bajo el lema Por los derechos de Euskal Herria, se emitieron gritos a favor de la independencia y del acercamiento de los presos etarras a Euskadi.

Uno de sus convocantes, Hibai Castro, envió su "abrazo más cálido a los amigos que han perdido la vida en el largo, amargo y hermoso camino a favor de los derechos de Euskal Herria, a los represaliados políticos" y a las familias de los presos. En el evento, que transcurrió sin incidentes, participaron los dirigentes de Batasuna Jone Goirizelaia y Tasio Erkizia, y el alcalde de Elorrio, Nico Moreno (ANV).
En el acto se exigió al PSOE un compromiso "con las vías exclusivamente políticas y democráticas" y se denunció "la vulneración de derechos" vascos. Aun así, valoraron la "nueva fase política, la de la solución y la democracia". El acto comenzó con una sentada contra el Departamento de Interior por cambiar el trazado de una marcha y rechazar la alternativa de los convocantes, que la sustituyeron por este acto.

Alonso incluye Melilla en Marruecos en un doble lapsus

ABC

España

Alonso incluye Melilla en Marruecos en un doble lapsus

El Gobierno rechaza dar explicaciones sobre la crisis hasta después de vacaciones

ÁNGEL COLLADO / MADRID

Día 24/08/2010
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El portavoz del grupo parlamentario socialista en el Congreso, José Antonio Alonso, puso ayer tanto énfasis y tan poco cuidado en seguir la consigna gubernamental de criticar a la oposición que acabó por salirse del mapa de España. «Han llegado al punto de mandar a Marruecos a algún destacado dirigente del PP y a apoyar la visita a Marruecos del señor Aznar», dijo en la Diputación Permanente de la Cámara el ex ministro de Defensa y de Interior en gobiernos de Zapatero para referirse a los desplazamientos de la semana pasada a Melilla de Esteban González Pons y del ex jefe del Ejecutivo.

El diputado del PP José Ignacio Sandaluce, siguiente en el uso de la palabra, no dejó pasar la ocasión e invitó a Alonso que aclarara su doble afirmación, le recordó que Melilla es España y le preguntó si le había traicionado el subconsciente. El portavoz socialista respondió azarado: «Melilla es España, luego el señor Aznar fue a España y si ha habido algún lapsus, yo creo que he sido explícito».
El órgano de guardia del Congreso celebró una reunión de trámite porque, de entrada, a ningún grupo parlamentario, salvo al del PP que lo proponía, le parecía pertinente convocar en vacaciones a las Comisiones de Exteriores y de Interior para que los respectivos ministros explicaran el conflicto con Marruecos. Alonso solo tenía que decir que no y meterse lo justo con el PP, pero se lió de tal manera que defendió la visita que Zapatero hizo a Rabat cuando era jefe de la oposición pese a que Mohamed VI había retirado a su embajador y le echaba otro de sus pulsos al Gobierno español. Según el portavoz socialista, el PP, además de ser desleal, buscó «el enfrentamiento con Marruecos», mientras que su jefe se interfirió en 2001 en la política exterior «por servir a las buenas relaciones» entre ambos países.
La portavoz del Grupo Popular, Soraya Sáenz de Santamaría, acusó al Gobierno de haber demostrado en el episodio de Melilla que «carece de sentido del deber, sentido de la responsabilidad, y sentido de Estado». También criticó «la ausencia, el silencio y la dejadez» de los ministros relacionados con la crisis: Rubalcaba, Moratinos y Aído.
Pese a los lapsus vacacionales de Alonso, los socialistas rechazaron por amplia mayoría la propuesta del PP con los votos nacionalistas y de los grupos de izquierda. ERC, por medio de Joan Ridao, para acabar con los problemas, propuso un referéndum en las dos plazas españolas por si su población prefiere pasar a depender de Mohamed VI.

El hijo de Pujol anima a los catalanes a la insumisión fiscal

ABC

España

El hijo de Pujol anima a los catalanes a la insumisión fiscal

Propone aplicar el derecho a decidir mediante un cierre de cajas similar al de 1899

MARÍA JESÚS CAÑIZARES / BARCELONA

Día 24/08/2010

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El pasado domingo, el ex presidente de la Generalitat, Jordi Pujol, dejaba abierta la puerta a la independencia de Cataluña. Su hijo ya entrado por ella al grito de «insumisión fiscal». El portavoz parlamentario de CiU, Oriol Pujol, propuso ayer el «cierre de cajas» como alternativa al derecho a decidir. Esto significa, explicó el dirigente nacionalista, optar por la política de hechos consumados y, en el supuesto de que no se pueda celebrar a corto plazo un referendo de autodeterminación, tal como defiende el líder de su partido, Artur Mas, recurrir a la iniciativa que en 1899 emprendieron los empresarios catalanes, que dejaron de pagar impuestos al Estado como protesta por la subida fiscal ordenada por el Gobierno de Francisco Silvela para cubrir el déficit de la pérdida de las colonias en 1898.

En una entrevista a Ep, el hijo de Pujol aseguró que Cataluña se debería plantear «cogerse» el derecho a decidir mediante el cierre de cajas. «Ese fue un ejercicio de no pedir permiso. Alguien deberá tomar buena nota y plantear, en paralelo, una reclamación política y legal mediante una acción concreta, tangible y práctica en que el derecho a decidir se articule y ejecute sin pedir permiso», dijo.
Oriol Pujol explicó que esto sólo será posible con un gran movimiento cívico y social. A su juicio, Cataluña no es que se haya «radicalizado ni batasunizado», sino que está entrando en una «profunda catalanidad». Considera que Cataluña está en un cruce «que lleva a un camino de profunda catalanidad o a la desaparición respecto a lo que había sido». «Desaparecer es diluirse en un proyecto español, en que Cataluña acaba siendo una gran Murcia», avisó. Las declaraciones de Pujol, uno de los hombres de confianza de Artur Mas con absolutas posibilidades de dirigir una consejeria de la Generalitat si CiU gana las elecciones autonómicas, se enmarcan en el rosario de propuestas soberanistas que en los últimos días ha lanzado el líder de la federación, como por ejemplo el concierto económico —que ya tienen Navarra y el País Vasco— o el citado referendo de independencia de Cataluña.
El apopo de Zapatero
En este sentido, la presidenta del PP catalán, Alicia Sánchez-Camacho, bromeó con el «desconcierto económico». En su opinión, Artur Mas «juega a la ambigüedad: un día habla de independencia y otro del concierto» y aseguró que el presidente José Luis Rodríguez Zapatero «tiene dos candidatos a la presidencia de la Generalitat: José Montilla y Mas», ya que, el apoyo de CiU es lo que permite que Zapatero siga en La Moncloa. La propuesta de Pujol tampoco ha agradado a sus socios de federación. El secretario general de UDC, Josep Maria Pelegrí, cree que el «cierre de cajas» no será necesario en el futuro porque, según dijo, un ejecutivo liderado por Artur Mas se ocuparía de garantizar la mejora del autogobierno y de la economía catalana. El líder de ERC, Joan Puigcercós, cree que el cierre de cajas demostraría el fracaso del Estatut y lo pactado entre Mas y Zapatero.
Críticas del PP y sus socios en CiU
JOSEP MARIA PELEGRÍ
(SECRETARIO GENERAL DE UDC)
«Espero que no sea necesario tener que utilizar recursos de este tipo porque en este país habrá liderazgo y un gobierno de CiU fuerte y cohesionado»
ALICIA SÁNCHEZ-CAMACHO
(PRESIDENTA DEL PP CATALÁN)
«Las declaraciones de los dirigentes de CiU están cada vez más alejadas de la realidad. Un día hablan de concierto económico y otro, de independencia»

Marruecos gana la a partida de Melilla

ABC

España

Marruecos gana la a partida de Melilla

Llegan entre 10 y 15 subsaharianos al día en patera desde la crisis, cuando la media era de siete semanales

CRUZ MORCILLO / MADRID

Día 25/08/2010


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EFE
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La «calidad excepcional» de la cooperación entre España y Marruecos pregonada el lunes en Rabat por el ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, se traduce en una inusual llegada de subsaharianos a Melilla en las dos últimas semanas. El aumento ha coincidido con la crisis en la frontera, negada por el Gobierno. Los datos son elocuentes: si hasta hace quince días la media de inmigrantes que alcanzaban la Ciudad Autónoma en patera, lancha neumática o incluso en barquillas de juguete era de siete u ocho personas a la semana, en estos últimos días se están registrando entradas de entre diez y quince personas cada 24 horas, a plena luz del día y con la aquiescencia absoluta de los gendarmes marroquíes, según fuentes policiales consultadas por ABC.
Con chalecos reflectantes
«Están llegando de noche o a plena luz del día y los policías marroquíes no mueven un dedo, cuando hasta hace nada participaban activamente en el control», señalan fuentes de la Guardia Civil. En una barcaza a remo, descubierta estos días, dos de los inmigrantes llevaban incluso chalecos reflectantes. Eran las seis de la tarde y los policías marroquíes estaban enfrente, mirando para otro lado. De vez en cuando se permiten fotografiar a los agentes españoles.
Todas las pateras están saliendo del mismo punto, una zona conocida como «La Plancha colorada», en territorio alauí, donde para más inri los marroquíes tienen un destacamento militar. No dista ni 100 metros de Melilla. Con estas llegadas, el CETI (centro de extranjeros) está completo y hacía meses que eso no ocurría. Pero como el Reino alauí es un «aliado estratégico, creíble y responsable», según Rubalcaba, no ha trascendido ni una sola noticia. Estos días la Delegación del Gobierno, en contra de lo que es habitual, no informa de la llegada de pateras.
Los inmigrantes subsaharianos no se mueven si la policía del otro lado no se lo permite. Y lo está haciendo: por mar y por tierra. Se han producido varios intentos de asalto a la valla, la famosa sirga tridimensional que rodea Melilla. Al menos dos «sin papeles» lo lograron por la parte del Barrio Chino.
«Estamos esperando la próxima. Esta vez, dada la respuesta del Gobierno, no tardarán varios meses en volver a montarla como hasta ahora», explica un agente español en referencia a las algaradas en la frontera de Beni-Enzar, en teoría suspendidas hasta después del Ramadán. Muchos policías y guardias civiles que viven en Melilla se sienten vapuleados. Confiaban en la visita del ministro Rubalcaba a Rabat, pero tanto las palabras como la escenificación vista en la capital de Marruecos han caído como un jarro helado.
«¿Comisarias conjuntas en Algeciras y Tánger?», se preguntan suspicaces. «Donde hay que crearlas es en Ceuta y Melilla, pero a eso no se atreven, si acaso a retirar agentes españoles —los recortes llegaron hace dos meses a las UIP (antidisturbios)—. No han mencionado ni una palabra de la ocupación de tierra de nadie ni de los comunicados de Exteriores de Marruecos acusándonos de racistas y torturadores». No les falta razón en cuanto a los recortes, siquiera cautelares. Interior no ha dicho esta boca es mía, pero dos asociaciones de la Guardia Civil han denunciado que las patrullas conjuntas entre Marruecos y España están suspendidas de momento porque no se puede garantizar la seguridad de los agentes. No se descarta que para aplacar los ánimos esta misma semana un miembro del Gobierno viaje a Melilla, aunque sea con veinte días de retraso.

25 de agosto de 2010

Dos hospitales catalanes entre cuyos patronos está la Iglesia practican abortos

ABC

España

Dos hospitales catalanes entre cuyos patronos está la Iglesia practican abortos

Según el Ministerio de Sanidad, los centros de Sant Pau y Granollers realizan esas intervenciones

ESTHER ARMORA / BARCELONA

Día 25/08/2010 - 06.30h

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Dos centros hospitalarios catalanes en cuyos patronatos está la Iglesia practican abortos sin que, que se sepa, ello haya supuesto fricciones internas en estos órganos de ambas instituciones. Así lo constata el último informe oficial del Ministerio de Sanidad y Política Social sobre «Interrupción Voluntaria del Embarazo —IVE—» al que ha tenido acceso ABC y en el que aparece un anexo con la lista de hospitales que realizan estas intervenciones en Cataluña.
El informe, basado en los datos recogidos en el año 2008, revela que el Hospital de Sant Pau de Barcelona y el General de Granollers, en cuyos patronatos está presente la institución eclesiástica, realizan esas intervenciones, una práctica totalmente contraria a lo que dicta la doctrina católica. Según ha podido saber ABC, los dos hospitales que aparecen en el listado del Ministerio de Sanidad siguieron con la práctica en los años 2009 y 2010.
En el caso del Hospital de Sant Pau, uno de los que el Gobierno reconoce que realiza esta práctica, la situación es especialmente llamativa si se tiene en cuenta que es el propio Arzobispado de Barcelona el que está presente en su patronato.
Según consta en la web de la citada institución, el hospital «está gobernado por el Patronato de la Fundación de Gestión Sanitària (FGSHSCSP), donde hoy están representados la Generalitat de Cataluña, el Ayuntamiento y el Arzobispado de Barcelona».
De hecho, en la mayoría de los actos institucionales del centro suelen estar presentes representantes de las administraciones autonómica y local, pero también alguno del Arzobispado. En uno de los más sonados, la inauguración del nuevo hospital (julio 2009), asistió el propio arzobispo de Barcelona, Lluís Martínez Sistach, quien aportó carácter religioso al acto y bendijo el nuevo recinto hospitalario, que estará plenamente operativo en 2011.
El caso del Hospital General de Granollers no es menos destacable. En el patronato del centro figuran como vicepresidente Jaume Sala Maltas, nombrado directamente por la Parroquia de Sant Esteve de Granollers, y como vocal, entre otros, el sacerdote Lluís Pou Illa, rector de la citada iglesia, que pertenece al Obispado de Tarrasa. Se da también la circunstancia de que el Hospital de Sant Pau de Barcelona es uno de los centros públicos catalanes que han hecho frente común con la consejera de Salud de la Generalitat, Marina Geli, en la necesidad de fomentar la píldora abortiva (RU-486) —interrupción farmacológica del embarazo— como solución al problema. Este diario intentó ayer contactar con el Arzobispado pero no obtuvo respuesta.
Líder en abortos
En España se practicaron cerca de 115.812 Interrupciones Voluntarias del Embarazo (IVE) en el año 2008, lo que supone 3.674 más que el año anterior, según datos facilitados por el Ministerio de Sanidad y Politica Social.
Por Comunidades Autónomas, Cataluña, Madrid y Andalucía son las regiones con mayor número de abortos, con más de 20.000 en cada caso.

Deja de operar una empresa de telefonía investigada por introducir en España 11.000 kilos de hachís entre sardinas

ABC

Economía

Deja de operar una empresa de telefonía investigada por introducir en España 11.000 kilos de hachís entre sardinas

Zero Movil comunica la suspensión temporal de sus servicios y deja sin cobertura a sus 16.000 clientes

EP / MURCIA

Día 25/08/2010 - 13.50h

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La empresa de telefonía Zero Móvil, nacida apenas hace siete meses y ubicada en Murcia, comunica en su página web (www.zeromovil.es) que "por problemas técnicos derivados del operador de red se va a proceder a la suspensión del servicio de telefonía temporalmente, pudiendo aquel cliente que lo desee solicitar la portabilidad con cualquier otro operador nacional sin coste alguno por permanencia".
Tras este anuncio, la compañía ha puesto a disposición del cliente el teléfono 54321 si se llama desde un móvil 'zeromóvil' o al 968394580 si se llama desde cualquier otro operador fijo o móvil. Al parecer Zero Móvil ha tenido problemas temporales con Telefónica, operador que posibilita a la compañía murciana poder suministrar el servicio telefónico.
No obstante, cabe recordar que el pasado mes de junio agentes de la Policía Nacional y de la Agencia Tributaria intervinieron 11.100 kilos de hachís ocultos en un cargamento de sardinas congeladas y desarticulado la trama económica de una organización de narcotraficantes, en la que presuntamente la empresa murciana de telefonía
Zero Móvil tenía mucho que ver. Según informó la Policía, varias sociedades vinculadas a la red blanqueaban los beneficios obtenidos con el tráfico de estupefacientes mediante supuestas actividades comerciales de importación y exportación y telefonía móvil. La operación se cerró con el bloqueo de 38 cuentas bancarias y siete inmuebles, y la incautación de ocho vehículos de alta gama junto con 240.000 euros en metálico. Asimismo, los agentes detuvieron a cinco personas como responsables de delitos contra la salud pública y el blanqueo de capitales.
Primeras investigaciones
Varias investigaciones sobre blanqueo de capitales y tráfico de drogas condujeron a la localización de una organización asentada en la región de Murcia que contaba con varias sociedades en la zona de Cartagena. Una de estas mercantiles, de telefonía móvil, habría recibido fondos por valor de 1,5 millones de euros, cuya procedencia no había sido acreditada y que podría tener origen en el tráfico de estupefacientes. Tras ello, los investigadores constataron la vinculación de otras empresas de transporte de mercancías con importantes operaciones policiales contra el narcotráfico llevadas a cabo tanto en España como en Marruecos, donde se interceptó un importante cargamento de droga.
Estas compañías utilizaban contenedores y camiones de gran tonelaje para trasladar las partidas de hachís hacia la Península. Además, las empresas facilitaban el blanqueo de los beneficios procedentes del narcotráfico. Estas actividades ilegales permitían el manejo y la ocultación de grandes cantidades de dinero en efectivo, así como su inversión en adquisición de inmuebles y constitución y manejo de sociedades. Estas operaciones les permitían solicitar préstamos que posteriormente eran amortizados con los beneficios ilícitos. El curso de las pesquisas condujo a los agentes a localizar más de 11 toneladas de hachís ocultas en un cargamento de sardinas congeladas que arribó al Puerto de Algeciras.
Tras esta aprehensión se efectuaron cinco registros en los domicilios de los investigados y cuatro en las sedes sociales de las empresas. En total, cinco personas fueron detenidas, 38 cuentas bancarias bloqueadas, se intervinieron 240.000 euros en efectivo y se embargaron siete inmuebles con un valor de unos 860.000 euros junto con ocho vehículos de alta gama y una cabeza tractora. La investigación fue desarrollada por agentes de la UDEF Central de la Comisaría General de Policía Judicial, del Grupo de Estupefacientes de la Comisaría del Cuerpo Nacional de Policía de Cartagena y de la Agencia Tributaria.

El Bachillerato recupera peso en la pública tras una década de caída

EL PAIS

El Bachillerato recupera peso en la pública tras una década de caída

Directores y patronal señalan la crisis económica como la causa principal - En el primer ciclo infantil hay un giro similar de caída del sector privado

J. A. AUNIÓN - Madrid - 24/08/2010


El número de alumnos de Bachillerato en los institutos públicos españoles creció en 18.862 el año pasado; y en los colegios privados, en 93. Después de una década en la que la escuela privada iba ganando terreno año a año en esta etapa, el curso pasado aumentó el porcentaje de bachilleres que estudian en los centros públicos un 1,17% respecto al año anterior, hasta el 73,2%, según los datos del Ministerio de Educación.
• La cifra de alumnos extranjeros se estanca, pero hay 12.000 más en FP
Las familias gastan el doble en la privada subvencionada
Más de la mitad de los niños están por primera vez en guarderías públicas
En Cataluña, Madrid y Andalucía, la estatal creció más que la media
Algunos padres confiesan motivos económicos para dejar la concertada
La ecuación es la siguiente: la crisis, entre otras cosas, empuja a más estudiantes a seguir su formación y, como en la pública es gratis, el aumento se concentra ahí. Sobre todo teniendo en cuenta que el Bachillerato solo está subvencionado de forma general en los colegios privados concertados en cuatro comunidades (Comunidad Valenciana, País Vasco, Navarra y Baleares) y que, en el resto, solo lo está en un puñado de centros a los que se les aceptó en los ochenta como un derecho adquirido.
También ganó terreno la pública en otras etapas con poca concertada: el primer ciclo de infantil (hasta tres años) y la FP de grado medio, aunque lo cierto es que en estos niveles las fluctuaciones han sido mayores en los últimos años y hay otros condicionantes, aparte del económico, que han influido. Por ejemplo, el aumento de la oferta pública de escuelas infantiles.
Los directores de los institutos insisten además en que tal vez las familias aprecian más la calidad de la enseñanza -y del profesorado- de la pública, pero la explicación económica es la primera que señalan Carles Mata, Manuel Román Segura y José Antonio Martínez, responsables de sendos centros en Cataluña, Andalucía y Madrid, respectivamente. En esas tres comunidades -que concentran a la mitad de los bachilleres de España-, el porcentaje de alumnos de esta etapa que estudian en la pública ha crecido por encima de la media de España, llegando al 1,8% en Madrid.
Si bien Mata (responsable de Axia, asociación de directivos catalanes) no ha notado un gran aumento de la demanda de plazas en los centros públicos, Segura y Martínez, sí. De hecho, Martínez, presidente de la asociación estatal de directores de centros públicos Fedadi, cuenta cómo hay padres que le han confesado que, efectivamente, piden una plaza en su centro porque en el concertado tenían que empezar a pagar una matrícula en Bachillerato.
Esta etapa posobligatoria (16 y 17 años) no está subvencionada de forma generalizada aunque los conciertos alcanzan al 10% de los bachilleres, según datos del Consejo Escolar del Estado. Así, haciendo media entre los que tienen y no tienen subvención, la matrícula en esos centros cuesta 657 euros al año por alumno (que con el resto de gastos y servicios complementarios se coloca en algo más de 1.500), según una encuesta del INE publicada el año pasado. En los centros totalmente privados se pagan más de 2.300 euros solo por las clases lectivas. En la pública, con matrícula gratis, las familias se dejan en todos los gastos complementarios unos 727 euros al año por cada bachiller, justo la mitad que en un concertado (siempre teniendo en cuenta que se trata de una encuesta y de medias entre las zonas y colegios más caros y los más baratos).
Por ejemplo, en Madrid, la mensualidad que debe pagar un alumno de Bachillerato en un privado concertado hasta esa etapa es de unos 300 ó 350 euros, dice Emilio Díaz, el responsable madrileño de la Federación Española de Religiosos de la Enseñanza (FERE), mayoritaria en la concertada. Díaz reclama que se acepten los conciertos de forma generalizada en el Bachillerato en toda España (una vieja reivindicación de estos centros), porque si no, asegura, los concertados ubicados en zonas de rentas medias y bajas tendrán que cerrar la oferta de esta etapa, con las consecuentes "pérdidas de puestos de trabajo y de diversidad para el sistema".
En general, el 67,6% de los alumnos de todas las enseñanzas no universitarias, desde infantil hasta FP, estudió el curso pasado en la pública, tres décimas más que el año anterior. Pero, mientras en la segunda etapa de educación infantil, primaria y secundaria, etapas plenamente subvencionadas en los colegios concertados, las proporciones siguen siendo casi iguales, en FP de grado medio la tasa de alumnos que acoge la pública ha aumentado un 1%, y en educación infantil hasta tres años, un 6,8%, hasta escolarizar por primera vez a algo más de la mitad de los niños (50,7%). En esta etapa, que no es del todo gratuita tampoco en la pública, parece empezar a notarse el plan del Gobierno, cofinanciado con las comunidades, para extender la oferta estatal (Educa3). En especial, llama la atención la estadística de Baleares (donde la pública pasó en un año de acoger al 54,5% de los niños al 82,3%) y Castilla-La Mancha (del 24,4% al 62,8).
Según la mencionada encuesta del INE, la FP de grado medio y superior cuestan entre 17 y 21 euros al año en la pública de matrícula, y en la privada entre 1.300 y 1.600. Y en el primer ciclo de infantil la pública cuesta 356 euros de media, la que tiene algún tipo de subvención, 1.387 y la privada 1.634.
La cifra de alumnos extranjeros se estanca, pero hay 12.000 más en FP
Después de 15 años de aumento ininterrumpido del número de alumnos extranjeros en las aulas españolas, con crecimientos anuales entre 14% y el 40%, en el curso 2008-2009 se frenó algo (al 6%) y el pasado se estabilizó, con un aumento de apenas un 0,5%. En primaria, por ejemplo, fueron 12.500 menos que un año antes. Sin embargo, es casi la misma cifra (12.284) que aumentaron los alumnos extranjeros en la formación profesional, un refugio para los jóvenes que ya no encuentran salidas laborales en trabajos de baja cualificación.
El estancamiento en la cifra general, que ya se anunciaba en 2008-2009 (curso en que el crecimiento fue solo del 7%), puede colocar al sistema educativo ante un nuevo escenario en el que, tras la ola de inmigración, se impone la presencia de la segunda generación, con características y problemáticas distintas, como se ha podido ver en otros países europeos.
"Es difícil saber qué consecuencias tiene una estabilización. Yo no daría por sentado que la situación se va a parecer a la de otros países inmediatamente", dice el profesor de Sociología de la Universidad de Salamanca Jaime Riviere. "Debemos diferenciar a los alumnos que son considerados extranjeros, pero son nacidos y criados en España -que serían los comparables a los que son mayoría en los otros países de Europa- y los alumnos que vienen de fuera y se incorporan tarde al sistema educativo. Las desventajas de estos últimos son mucho mayores y, con el tiempo, la proporción de los primeros tiende a crecer, como es lógico. Ellos tienden a ser iguales a los chicos de cualquier familia humilde, pero apostaría que con cierta desventaja añadida".
Por ejemplo, sobre el aumento en la FP, añade que probablemente la mayoría de esos 12.000 alumnos extranjeros más que llegaron el año pasado a la FP son nacidos y criados en España.

Dos guardias civiles y un intérprete, asesinados por un terrorista en Afganistán

EL PAIS


Dos guardias civiles y un intérprete,


asesinados por un terrorista en Afganistán


El agresor, chófer de uno de los fallecidos desde hace tiempo, ha sido abatido por el resto de agentes que participaben en una clase de formación de policías afganos

MIGUEL GONZÁLEZ / NATALIA JUNQUERA - Madrid - 25/08/2010

Dos guardias civiles españoles, el capitán José María Galera Córdoba, de 33 años, y el alférez Abraham Leoncio Bravo Picallo, de 34, además de su intérprete, el español de origen iraní Ataolá Taefik Alili, han muerto hoy en la antigua base de Qala-i-Naw, capital de la provincia de Badghis, al ser tiroteados por un afgano, chófer de uno de ellos, durante una sesión de adiestramiento, según ha informado el ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, que ha definido el acto como un "atentado premeditado". El "terrorista", como el propio ministro lo ha calificado, ha sido abatido por el resto de guardias civiles que participaban en la clase. Posteriormente, alertados por el incidente, varios cientos de afganos se han concentrado frente a la base militar y han arrojado piedras hasta ser dispersados por la policía afgana.

· Especialistas en adiestramiento policial condecorados por la OTAN

· 162 militares españoles muertos en misiones de paz

· 25 talibanes entregan sus armas en la base Qala-i-Naw

· "No estamos en Afganistán para decirles cómo vivir"

Los hechos se han producido sobre las 6.20 de la mañana (8.50 en España), cuando nueve agentes de la Guardia Civil, acompañados de dos soldados españoles, impartían una clase de formación a 47 policías-alumnos afganos. Entonces, el conductor, que según Rubalcaba era "chófer de uno de los dos fallecidos del capitán, creo", ha abierto fuego "con un rifle de asalto", presumiblemente unKalashnikov, contra los dos agentes y el intérprete. Acto seguido, los compañeros allí presentes, otros siete guardias civiles y dos soldados, lo han abatido a tiros.

Los fallecidos son José María Galera Córdoba, capitán de 33 años natural de Albacete y Abraham Leoncio Bravo Picallo, alférez de 34 años nacido en A Coruña. Ambos estaban destinados en la Unidad de Acción Rural con base en Logroño, en el Centro de Adiestramientos Especiales, según han informado fuentes de la Guardia Civil. Ambos iban a ser relevados el 22 de septiembre para regresar a España, según el Ministerio del Interior. El intérprete ha sido identificado por el ministro como Ataola Taefik Alili.

Tras el incidente, alertados por el sonido de los disparos, se han concentrado a las puertas de la base unos cuantos cientos de personas. Fuentes militares españolas estiman la multitud en unas 200 personas, mientras que las agencias hablan de hasta 2.000. Los concentrados, informados por megafonía de lo sucedido en el interior de la base, protestaban por el incidente y reclaman el cuerpo del policía afgano. Dichas fuentes aseguran que se han vivido "momentos de tensión" con los concentrados, pero que no ha habido heridos. Las agencias hablan de una concentración mucho más violenta, incluso de que un hospital de la ciudad ha recibido a personas con heridas de bala. En imágenes de CNN+, se ha podido ver a los manifestantes arrojando piedras contra la base y profiriendo gritos. Finalmente, la policía afgana ha dispersado a los manifestantes y se ha hecho cargo de la seguridad en la zona.

Los agentes fallecidos formaban parte del contingente de 37 Guardias Civiles desplegados en Afganistán en distintas misiones, entre ellas la de contribuir a la formación de las fuerzas de seguridad locales que deberán hacerse cargo de la seguridad paulatinamente a medida que las tropas extranjeras de la OTAN vayan siendo replegadas. El repliegue estadounidense debe comenzar el año que viene, pero antes, el año pasado, el presidente de EE UU, Barack Obama, decidió aumentar el contingente estadounidense para atajar el avance de los talibanes, que recuperaban terreno. Adeás, pidió a los socios de la OTAN que aumentaran sus contingentes. España se negó, pero el presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, prometió en diciembre a Obama que España llevaría a cabo una "contribución importante" a la formación de las fuerzas de seguridad afganas a través de la Guardia Civil. Este anuncio se unía al hecho por Zapatero en abril cuando dijo que mandaría 40 agentes dentro de una operación con la Gendarmería francesa y los Carabinieri italianos.

Especialistas en adiestramiento policial condecorados por la OTAN

Jorge A. Rodríguez | Madrid

Los guardias civiles asesinados hoy en Qala-i-Naw tenían una gran experiencia en la formación en técnicas policiales y ambos habían sido condecorados por la OTAN. El capitán José María Galera Córdoba, de 33 años, ingresó en la Guardia Civil en el año 2000 y estaba destinado en el Centro de Adiestramiento Especiales de la Unidad de Acción Rural, con sede en Logroño. Estaba, pues, especializado en la formación en técnicas policiales antiterroristas y antidisturbios. Tenía dos Cruces al Mérito de la Guardia Civil y una medalla de la OTAN.

Por su parte, Abraham Leoncio Bravo Picallo, alférez de 34 años, había ingresado en el Instituto Armado en 1999 y estaba destinado en la misma unidad que su compañero. Especialista, pues, en la enseñanza de técnicas policiales. Había nacido en Bimianzo (A Coruña) y también había sido condecorado con una medalla de la OTAN.

Ambos estaban destinados en Afganistán como miembros de los Equipos Operativos Policiales de Adiestramiento y Enlace (POMLT) e iban a ser relevados el próximo 22 de septiembre. La unidad de adiestramiento de Qala-i-Naw está formada por un teniente coronel y 17 guardias civiles, además de algunos soldados.

24 de agosto de 2010

Rouco reconquista el País Vasco con el 'ascenso' de Blázquez a Valladolid

EL PAIS

Rouco reconquista el País Vasco con el 'ascenso' de Blázquez a Valladolid

Era una anomalía que el presidente de una Conferencia Episcopal fuese sólo obispo

JUAN G. BEDOYA - Madrid - 14/03/2010



¡Por fin! Esta fue ayer la exclamación en el catolicismo español, nada más conocerse que Roma daba luz verde al anuncio del nombramiento de Ricardo Blázquez como arzobispo de Valladolid. Lo hizo al mediodía, mediante un comunicado de la Nunciatura del Vaticano. El Gobierno y la Conferencia Episcopal Española conocían la noticia oficialmente desde hace dos semanas, pero se cuidaron de filtrarla (o de aparecer como fuente de la filtración).
• El "loro viejo" que aprendió euskera
• Mario Iceta, nombrado nuevo obispo de Bilbao

Iceta se perfila como el obispo titular de Bilbao y Asurmendi seguirá en Vitoria
La pastoral contra la Ley de Partidos disgustó a Roma y perjudicó a Blázquez
Blázquez, de 68 años, era obispo de Bilbao desde 1995 y fue presidente de la Conferencia Episcopal durante el trienio 2005 a 2008, tras imponerse al cardenal de Madrid, Antonio María Rouco, en una apretada votación en la asamblea de obispos. En todo ese tiempo, hasta ayer, se esperó el ascenso de Blázquez en el escalafón eclesiástico. Rouco lo bloqueó. Nunca hasta entonces, tampoco en el resto de Europa, el líder de un episcopado nacional había permanecido en el cargo sin ser ascendido a arzobispo e, incluso, a cardenal. Esa ha sido una sonora anomalía, hasta ayer.
Además de su fuerte liderazgo en la Iglesia española y en la Conferencia Episcopal -cuya presidencia arrebató hace un año al propio Blázquez en otra apretada elección -, el cardenal Rouco es un miembro destacado de la Pontificia Congregación para los Obispos en la Curia Romana, responsable de seleccionar a los nuevos prelados antes del nombramiento por el Papa.
El ascenso de Blázquez a una sede metropolitana no debe considerarse, sin embargo, como un signo de debilidad de Rouco. Todo lo contrario. Supone un paso más, el penúltimo, en la reconquista del País Vasco por el sector españolista de la jerarquía. Si el sucesor de Blázquez es su actual prelado auxiliar y miembro del Opus Dei, Mario Iceta Gavicagogeascoa (Guernica, Vizcaya. 1965), Rouco estaría concluyendo esa renovación en el territorio más complicado del catolicismo europeo.
El primer paso se dio la Navidad pasada con el relevo de Juan María Uriarte Goiricelaya (Fruniz, Vizcaya, 1944) por José Ignacio Munilla Aguirre (San Sebastián, 1961), en la diócesis de Guipúzcoa. Sólo restaría la renovación en Vitoria, aunque su titular, Miguel Asurmendi Aramendia (Pamplona, 1940), se ha destacado menos que Blázquez, Uriarte o el predecesor de éste, José María Setién, y podría permanecer allí los cinco años que le restan hasta su jubilación, a los 75 años.
El paso de no retorno en este enconado conflicto eclesiástico se produjo en 2002, cuando los prelados vascos firmaron una pastoral conjunta, titulada Preparar la paz, en la que, con un rotundo "no todo vale contra el terrorismo" -pero también con una condena radical del ETA-, expresaban su desacuerdo con la Ley de Partidos que precedió a la ilegalización de Batasuna, entre otras organizaciones.
Decían los prelados vascos: "No nos incumbe valorar los aspectos técnicos de un proyecto legal que despierta adhesiones y críticas entre los expertos. Tampoco podemos prever todos los efectos de signo contrapuesto que podrían derivarse de su aplicación. Pero nos preocupan como pastores algunas consecuencias sombrías que prevemos como sólidamente probables y que, sean cuales fueren las relaciones existentes entre Batasuna y ETA, deberían ser evitadas. Tales consecuencias afectan a nuestra convivencia y a la causa de la paz. Nuestras preocupaciones no son sólo nuestras. Son compartidas por un porcentaje mayoritario de ciudadanos de diversas tendencias políticas, encomendados a nuestro servicio pastoral".
La pastoral causó gran revuelo, hasta el punto de que el Gobierno de Aznar llamó a consultas al nuncio (embajador) del Vaticano en Madrid, el arzobispo Manuel Monteiro. Rouco, el cardenal Antonio Cañizares -ascendido ahora a la Curia del Vaticano-, y la mayoría de los prelados se disgustaron también por aquella pastoral, aunque guardaron silencio. Lo mismo hizo Roma. Pero Blázquez pago un alto precio, hasta ayer. El Vaticano lo había mandado a Bilbao, desde la diócesis de Palencia, para neutralizar -o apaciguar, al menos- al nacionalismo de esa iglesia local, y parecía haberse pasado al enemigo, según sus detractores.
El "loro viejo" que aprendió euskera
"Un tal Blázquez", dijo el nacionalista Arzalluz cuando Roma lo envió a pastorear la diócesis de Bilbao, en 1995. "Ese tal Blázquez", reiteró con igual desprecio, en 2002, el conservador Lucas, ex ministro de Presidencia en un Gobierno de Aznar y ex presidente de Castilla y León. Pese a su suavidad de formas, el nuevo arzobispo Ricardo Blázquez Pérez (Villanueva del Campillo, Ávila. 1942), se ha visto mezclado en agrias diatribas. "La vitalidad y complejidad de la diócesis han requerido constante atención, desvelos y dedicación", se disculpaba ayer.
Blázquez, castellano viejo, llegó a Bilbao procedente de la diócesis de Palencia, y los nacionalistas vascos tomaron el nombramiento como una ofensa romana. Pese al tradicional sello democristiano del PNV, arremetieron sin piedad contra el prelado. Lo habían hecho antes los catalanes con su famoso volem bisbes catalans (queremos obispos catalanes) contra el cardenal Marcelo González, en 1967,
"El tal Blázquez no será bienvenido", dijo el PNV, entonces en el Gobierno vasco. Blázquez prometió días más tarde que aprendería euskera. "Loro viejo no aprende a hablar", le replicaron. El obispo cumplió. Tanto se adaptó al paisaje, que acabó siendo más amigo de los nacionalistas vascos que de los nacionalistas españoles del episcopado. Lo ha pagado caro.
Pese a su fama de moderado, tampoco su mandado al frente de la Conferencia Episcopal fue pacífico. Nunca los obispos execraron tanto de un Gobierno como en ese trienio, en manifestaciones en la calle animadas por Rouco, o en pastorales conjuntas. Blázquez no iba a esas manifestaciones, pero callaba. Su ascenso a Valladolid lo vuelve a colocar en primera fila para suceder a Rouco cuando éste cumpla 75 años el próximo 2011.

Multitudinaria despedida a Blázquez en Bilbao

EL PAIS

Multitudinaria despedida a Blázquez en Bilbao

El obispo saliente de la capital vizcaína reconoce que no le fue fácil discernir cuestiones como presidir los funerales de víctimas del terrorismo

SONSOLES ZUBELDIA - Bilbao - 10/04/2010



El obispo de Bilbao y nuevo arzobispo de Valladolid, Ricardo Blázquez, ha reconocido en su multitudinaria despedida de la capital vizcaína que no le fue fácil discernir sobre varias cuestiones durante su mandato, entre ellas presidir todos los funerales de víctimas del terrorismo.
• Blázquez rechaza que los relevos en la Iglesia vasca busquen reconducir su línea
• Mario Iceta, nombrado nuevo obispo de Bilbao

Blázquez, en su homilía en la eucaristía de despedida de la diócesis bilbaína celebrada este mediodía en la catedral, ha explicado que la reflexión teológico-pastoral le ha ocupado mucho tiempo y que "no me ha sido fácil discernir algunas cuestiones pastorales, por ejemplo, la llamada véritas sacramenti, la presidencia por parte del obispo de la Eucaristía en todos los funerales de víctimas del terrorismo". La participación pastoral de los laicos como voluntarios, con dedicación a tiempo parcial y con plena dedicación, o la instauración del diaconado permanente en la diócesis, han sido también algunas de estas decisiones difíciles. "La experiencia nos enseña que muchas personas llegan rápidamente a la toma de decisiones; otros, en cambio, necesitamos dar varias vueltas a las cuestiones antes de decidir", ha indicado.
En todo caso, el obispo saliente de Bilbao ha aseverado que no está arrepentido de haberse tomado tiempo "para adoptar la determinación que me parecía más pertinente, después de haber escuchado mucho y de haber sopesado las razones aducidas por unos y otros". Al acto ha acudido una amplia representación municipal presidida por el alcalde de la villa, Iñaki Azkuna. "Siempre ha sido receptivo con los problemas de Bilbao. Entró con recelos, pero ha sido un gran señor. SE va por la puerta grande", apuntó el primer edil. Cientos de ciudadanos han querido dar un caluroso adiós al obispo saliente, que ha salido de la catedral entre los aplausos y palabras de aliento del público. .

Los diocesanos críticos rechazan a Iceta como obispo de Bilbao

EL PAIS

Los diocesanos críticos rechazan a Iceta como obispo de Bilbao

Prefieren un candidato "abierto a la participación"

UNAI MORÁN - Bilbao - 05/06/2010



El grupo de 677 diocesanos vizcaínos que el jueves reclamó su participación en la designación del nuevo obispo de Bilbao descartó ayer la figura del actual prelado provisional, Mario Iceta, como sucesor definitivo de Ricardo Blázquez. El sector crítico, en el que está representada una parte significativa de la Iglesia local, se mostró partidario de un candidato más "abierto a la participación" e identificado con los "problemas reales de la gente", aunque declinó proponer aspirantes al cargo.
• Mario Iceta, nombrado nuevo obispo de Bilbao

El grupo sopesará a mediados de mes nuevas acciones de protesta
El grupo, integrado por laicos, religiosos y sacerdotes, se opone en realidad a la "marcha atrás" que, a su juicio, ha dado la Iglesia en los últimos tiempos en lo que a su apertura respecta. Considera que Iceta "no es el candidato idóneo" por la continuidad que representa respecto a Blázquez, con quien asegura que tampoco mejoraron las relaciones con la comunidad, pese a que su gestión "mejoró" con el paso de los años. Por eso, rechaza la "imposición" del nuevo obispo y se confiesa a la espera de una respuesta a su petición de participación en el nombramiento por parte del nuncio en España, Renzo Fratini.
Aunque no descartan la contestación, los críticos consideran que en todo caso será "diplomática" y no abordará su reivindicación en profundidad. Por eso, no descartan nuevas medidas de protesta. En este sentido, darán un plazo oportuno a Fratini para responder, si bien ayer ya avanzaron una próxima reunión "abierta" para el próximo día 16 en Bilbao, en la que analizarán la situación y "de la que quizá saldrá algo", pese a que aún carece de orden del día.
"No tenemos una estrategia definida ni es nuestra voluntad, pero llegue quien llegue nos preguntaremos: ¿y ahora qué?", advirtieron tajantes, aunque no consideran que la situación pueda desembocar en una polémica como la que se ha dado en Guipúzcoa con la designación de José Ignacio Munilla como obispo de San Sebastián, en sustitución de Juan María Uriarte.
Ajeno a cualquier vinculación ideológica, el grupo asegura que no ha buscado expresamente una movilización de los diocesanos. Su reivindicación, apuntan sus componentes, tampoco es novedosa, ya que peticiones similares se dieron "también con obispos anteriores". Aunque integrado en su mayoría por laicos y religiosos, el colectivo tiene su origen en un programa formativo impulsado por una veintena de curas, en su mayoría de la Margen Izquierda.
El entorno de Iceta ha definido la polémica como una "maniobra de presión", pero los críticos insisten en que la participación de la Iglesia local en el nombramiento se recoge "como válida" en el Código de Derecho Canónico.