27 de abril de 2009
Espanha é exceção à regra
Estadão.com.br Domingo, 26 de Abril de 2009 Versão Impressa
Espanha é exceção à regra
Andrei Netto
A Espanha é a única das cinco maiores potências da União Europeia cuja esquerda hoje se apresenta como a tendência política dominante, tanto ideológica quanto eleitoralmente. É o que afirmam especialistas consultados pelo ?Estado?.
Com José Luis Rodriguez Zapatero como primeiro-ministro, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) demonstra ter capital político para enfrentar a direita, mesmo em tempos de crise severa, como a que o mundo está passando, de acordo com o cientista político Fabio Liberti. "O PSOE é um verdadeiro partido de esquerda, com uma postura ideológica mais consistente que seus coirmãos europeus", afirmou Liberti.
Mesmo o governo Zapatero, contudo, vem enfrentando turbulências, apenas um ano após uma reeleição consagradora, na qual ele conseguiu ampliar sua bancada parlamentar de 164 para 169 de um total de 350 cadeiras.
Há 10 dias, o ministro da Economia, Pedro Solbes, até o início da crise um dos homens fortes da administração socialista, foi exonerado do cargo e substituído por Elena Salgado, ex-ministra da Saúde. Com a medida, Zapatero tenta recuperar o fôlego do governo - criticado pela apatia frente ao aumento do desemprego (17% da população, o maior índice da UE) - e evitar um vexame nas eleições europeias de 7 de junho.
A Espanha é o país europeu que mais vem sofrendo com a crise global porque nos últimos anos seu crescimento foi sustentado pelo mercado imobiliário - um dos setores mais afetados em todo o mundo. O governo Zapatero sempre recebeu muitas críticas por sua política de atração de imigrantes. Agora, a direita espanhola aproveita para atribuir a essa política parcela da culpa pelo crescimento do desemprego.
Espanha é exceção à regra
Andrei Netto
A Espanha é a única das cinco maiores potências da União Europeia cuja esquerda hoje se apresenta como a tendência política dominante, tanto ideológica quanto eleitoralmente. É o que afirmam especialistas consultados pelo ?Estado?.
Com José Luis Rodriguez Zapatero como primeiro-ministro, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) demonstra ter capital político para enfrentar a direita, mesmo em tempos de crise severa, como a que o mundo está passando, de acordo com o cientista político Fabio Liberti. "O PSOE é um verdadeiro partido de esquerda, com uma postura ideológica mais consistente que seus coirmãos europeus", afirmou Liberti.
Mesmo o governo Zapatero, contudo, vem enfrentando turbulências, apenas um ano após uma reeleição consagradora, na qual ele conseguiu ampliar sua bancada parlamentar de 164 para 169 de um total de 350 cadeiras.
Há 10 dias, o ministro da Economia, Pedro Solbes, até o início da crise um dos homens fortes da administração socialista, foi exonerado do cargo e substituído por Elena Salgado, ex-ministra da Saúde. Com a medida, Zapatero tenta recuperar o fôlego do governo - criticado pela apatia frente ao aumento do desemprego (17% da população, o maior índice da UE) - e evitar um vexame nas eleições europeias de 7 de junho.
A Espanha é o país europeu que mais vem sofrendo com a crise global porque nos últimos anos seu crescimento foi sustentado pelo mercado imobiliário - um dos setores mais afetados em todo o mundo. O governo Zapatero sempre recebeu muitas críticas por sua política de atração de imigrantes. Agora, a direita espanhola aproveita para atribuir a essa política parcela da culpa pelo crescimento do desemprego.