19 de diciembre de 2009
Em novo desafio, Teerã volta a testar míssil capaz de atingir Israel
O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Em novo desafio, Teerã volta a testar míssil capaz de atingir Israel
Gustavo Chacra
Nova York — O regime de Teerã testou uma versão mais moderna do míssil Sajjil-2, com alcance para atingir Israel e bases militares americanas no Golfo Pérsico, horas depois de a Câmara dos Representantes dos EUA aprovar uma legislação que impõe sanções a empresas que vendam gasolina para o Irã.
Aprovada por 412 votos a favor e 12 contra, a nova lei será adicionada a uma anterior que prevê a punição de companhias que invistam mais de US$ 20 milhões no Irã.
O projeto deve ser levado ao Senado, mas os senadores estudam uma outra legislação porque temem que alguns dos pontos atuais possam atrapalhar a administração do presidente Barack Obama na hora de negociar sanções contra o regime iraniano na ONU.
Apesar de serem um dos maiores produtores de petróleo do mundo, os iranianos não o refinam e dependem da importação de cerca de 40% de sua gasolina. A estratégia dos congressistas é impedir que o Irã tenha acesso ao combustível, enfraquecendo ainda mais o regime, que teria dificuldade de canalizar mais recursos para o projeto nuclear.
“Esta lei tem o objetivo de impedir que o Irã alcance a capacidade de produzir armas nucleares”, disse o deputado Howars Berman, que apresentou o projeto de lei.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, acrescentou : “Ao mirarmos a dependência iraniana do petróleo refinado, conseguiremos reduzir sua capacidade de produzir armas nucleares.” Os dois são do Partido Democrata, de Obama.
Em resposta à aprovação, o vice-presidente da Companhia Nacional de Petróleo do Irã, Hojjatollah Ghanimifard, disse que “os americanos não conseguirão sucesso” na tentativa de impedir os iranianos de comprar gasolina. “Nós temos uma longa lista de fornecedores”, acrescentou.
Alguns antigos fornecedores de gasolina para o Irã, como BP, já haviam parado há algum tempo de fazer negócios com o regime de Teerã. Outras, como a Trafigura e a Vitol, além de companhias com sede no Kuwait e na Malásia, aproveitaram o espaço aberto e passaram a exportar para o Irã.
Míssil
O teste do Sajjil-2 uniu as principais potências ocidentais na condenação ao Irã. “Estas ações aumentam a necessidade de a comunidade internacional de responsabilizar o Irã pela contínua violação de suas obrigações internacionais referentes ao seu programa nuclear”, disse o porta-voz da Casa Branca Mike Hammer.
O Ministério das Relações Exteriores da França qualificou de “preocupante” e um sinal “muito grave para a comunidade internacional”. O premiê britânico, Gordon Brown, disse que a ação deixa clara a necessidade de “novas sanções”.
O lançamento do míssil foi transmitido em rede nacional no Irã e faz parte de uma sequência de testes iniciados neste ano. O Sajjil-2 lançado ontem é uma versão mais aperfeiçoada de outra testada em maio. Segundo o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o míssil não pode ser destruído por baterias anti-mísseis. Em Israel, as autoridades militares locais refutaram essas informações.
Em novo desafio, Teerã volta a testar míssil capaz de atingir Israel
Gustavo Chacra
Nova York — O regime de Teerã testou uma versão mais moderna do míssil Sajjil-2, com alcance para atingir Israel e bases militares americanas no Golfo Pérsico, horas depois de a Câmara dos Representantes dos EUA aprovar uma legislação que impõe sanções a empresas que vendam gasolina para o Irã.
Aprovada por 412 votos a favor e 12 contra, a nova lei será adicionada a uma anterior que prevê a punição de companhias que invistam mais de US$ 20 milhões no Irã.
O projeto deve ser levado ao Senado, mas os senadores estudam uma outra legislação porque temem que alguns dos pontos atuais possam atrapalhar a administração do presidente Barack Obama na hora de negociar sanções contra o regime iraniano na ONU.
Apesar de serem um dos maiores produtores de petróleo do mundo, os iranianos não o refinam e dependem da importação de cerca de 40% de sua gasolina. A estratégia dos congressistas é impedir que o Irã tenha acesso ao combustível, enfraquecendo ainda mais o regime, que teria dificuldade de canalizar mais recursos para o projeto nuclear.
“Esta lei tem o objetivo de impedir que o Irã alcance a capacidade de produzir armas nucleares”, disse o deputado Howars Berman, que apresentou o projeto de lei.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, acrescentou : “Ao mirarmos a dependência iraniana do petróleo refinado, conseguiremos reduzir sua capacidade de produzir armas nucleares.” Os dois são do Partido Democrata, de Obama.
Em resposta à aprovação, o vice-presidente da Companhia Nacional de Petróleo do Irã, Hojjatollah Ghanimifard, disse que “os americanos não conseguirão sucesso” na tentativa de impedir os iranianos de comprar gasolina. “Nós temos uma longa lista de fornecedores”, acrescentou.
Alguns antigos fornecedores de gasolina para o Irã, como BP, já haviam parado há algum tempo de fazer negócios com o regime de Teerã. Outras, como a Trafigura e a Vitol, além de companhias com sede no Kuwait e na Malásia, aproveitaram o espaço aberto e passaram a exportar para o Irã.
Míssil
O teste do Sajjil-2 uniu as principais potências ocidentais na condenação ao Irã. “Estas ações aumentam a necessidade de a comunidade internacional de responsabilizar o Irã pela contínua violação de suas obrigações internacionais referentes ao seu programa nuclear”, disse o porta-voz da Casa Branca Mike Hammer.
O Ministério das Relações Exteriores da França qualificou de “preocupante” e um sinal “muito grave para a comunidade internacional”. O premiê britânico, Gordon Brown, disse que a ação deixa clara a necessidade de “novas sanções”.
O lançamento do míssil foi transmitido em rede nacional no Irã e faz parte de uma sequência de testes iniciados neste ano. O Sajjil-2 lançado ontem é uma versão mais aperfeiçoada de outra testada em maio. Segundo o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o míssil não pode ser destruído por baterias anti-mísseis. Em Israel, as autoridades militares locais refutaram essas informações.