18 de mayo de 2014

Manifestações anticristãs em Jerusalém assustam Vaticano antes da visita do Papa

Manifestações anticristãs em Jerusalém assustam Vaticano antes da visita do Papa


  • Santa Sé pede segurança a locais sagrados para o cristianismo; autoridades locais temem escalada de violência
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Funcionário da prefeitura limpa pichação no muro de igreja cristã: ultranacionalistas exigem que governo ‘pague’ por medidas que consideram pró-palestinos
Foto: AMMAR AWAD/REUTERS

Funcionário da prefeitura limpa pichação no muro de igreja cristã: ultranacionalistas exigem que governo ‘pague’ por medidas que consideram pró-palestinos AMMAR AWAD/REUTERS
JERUSALÉM - A polícia aumentou o efetivo no principais pontos religiosos de Jerusalém, às vésperas da visita do Papa Francisco à Terra Santa, entre os dias 24 e 26. Funcionários da prefeitura apagavam, esta sexta-feira, pichações com inscrições como “O preço a pagar, o rei Davi para os judeus, Jesus é lixo”, que tomou uma parede da igreja romana de São Jorge, próximo a um bairro judeu ortodoxo.
O Vaticano pediu que Israel garanta a segurança dos locais sagrados do cristianismo. Os atos de vandalismo, porém, ainda são quase cotidianos.
Já a inscrição “morte aos árabes” foi pintada em uma casa na Cidade Velha de Jerusalém. Também havia manifestações contra os inimigos de Israel em Jerusalém Oriental, bairro na região israelense da Cidade Santa.
As agressões a palestinos, árabes-israelenses e ao Exército hebraico são atribuídos a judeus de extrema-direita, revoltados contra o que chamam de atos pró-palestinos. Seu lema é a “etiqueta de preço”, uma exigência de que o governo “pague” por qualquer restrição sobre assentamentos judaicos em terras palestinas.
Judeus ultranacionalistas intensificaram, nos últimos meses, as agressões a palestinos, árabes-israelenses e até mesmo ao Exército hebraico. Suas manifestações atuam contra o que chamam de atos pró-palestinos. O vandalismo foi condenado durante a semana pelas principais lideranças judaicas.
“Os bispos estão muito preocupados com a falta de segurança e a ausência de reações da classe política, e temem uma escalada de violência”, assinalou, na última quarta-feira, o Patriarcado latino de Jerusalém.

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