27 de febrero de 2018

“Retirada de assentamentos israelenses poderia desencadear uma guerra civil”, advertiu o enviado dos EUA


 Edição 554  Diretor/Editor: Osias WurmanSegunda, 26 de Fevereiro de 2018


“Retirada de assentamentos israelenses poderia desencadear uma guerra civil”, advertiu o enviado dos EUA.

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O embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, advertiu um grupo de líderes americanos judeus, em Jerusalém, que a saída de centenas de milhares de colonos israelenses, que vivem na Cisjordânia, como parte de um acordo de paz com os palestinos, provocaria uma guerra civil no país.
De acordo com uma reportagem do Canal 10, Friedman recebeu em uma reunião a portas fechadas, uma delegação de visitante, para a Conferência dos Presidentes, das principais organizações americanas judaicas. Ele afirmou ainda, que “os colonos israelenses não vão a lugar algum".
De acordo com a reportagem, Friedman disse que a administração Trump não acredita que a construção de mais assentamentos, seria um obstáculo para qualquer acordo de paz com os palestinos.

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“O Embaixador Friedman deixou claro, em suas observações, que o presidente Trump está empenhado em um acordo de paz abrangente, que beneficie tanto os israelenses como os palestinos e que os EUA possam trabalhar em um plano para alcançar esse objetivo. Quanto aos assentamentos, o embaixador acredita que o crescimento irrestrito não é útil para a paz", explicou um porta-voz do governo americano.
Friedman tem uma longa história de forte apoio a Israel e aos assentamentos judaicos, na Cisjordânia. Ele foi acusado pelos palestinos, de ter uma "atitude preconceituosa e seletiva" em relação a Israel e aos assentamentos.
No entanto, Israel distingue entre os acordos aprovados e os acordos que não tem aprovação.  Aqueles sem aprovação são referidos como postos avançados e geralmente são povoados por nacionalistas religiosos, que veem toda a Cisjordânia, como parte de Israel.
Um dos líderes dos colonos, afirmou esta semana, que “a administração Trump, apoiada por uma equipe de conselheiros, pro-colonos do Oriente Médio, levou a um boom da população em assentamentos da Cisjordânia em 2017”.
AHMAD GHARABLI (AFP / Arquivo)

Israel recentemente revelou planos para a construção de mais 3.000 novas casas,
para colonos judeus, na Cisjordânia. 

Ya'akov Katz, fundador do relatório “Estatísticas de População Judaica da Cisjordânia”, patrocinado pela instituição de colonos "Bet El", em que os conselheiros mais próximos do Oriente Médio e de Trump estão ligados, afirmou que a população de colonos cresceu quase o dobro, se comparado à taxa da população de Israel, no ano passado.
De acordo com os números de Katz, que são baseados em dados oficiais do Ministério do Interior Israelense, ainda não disponível para o público, a população de colonos na Cisjordânia atingiu 435.159 pessoas, no final de 2017, um aumento de 3,4% em relação a 420.899 do ano anterior.
Em comparação, a população total de Israel cresceu 1,8 % em 2017, ou seja, 8.743 milhões, de acordo com o Central Bureau of Statistics..
Katz atribuiu o aumento da população, ao apoio da administração de Trump e estimou que, no final de seu mandato, a população de colonos na Cisjordânia poderá chegar a 500 mil.

MENAHEM KAHANA (AFP / Arquivo)

Atualmente, mais de 600 mil colonos vivem na Cisjordânia e no leste de Jerusalém,
juntamente com cerca de 2,9 milhões de palestinos. 

"Esta é a primeira vez, depois de anos que estamos cercados por pessoas que realmente nos agradam e nos amam, disse Katz."Temos que agradecer a Deus por ele ter enviado Trump para ser presidente dos Estados Unidos. Estamos mudando o mapa", completou. "A ideia da solução de dois Estados acabou. É irreversível”.
As conversas para reiniciar as negociações de paz entre Israel e os Palestinos ficaram paradas, desde que Trump assumiu o cargo, apesar de sua ânsia de alcançar o "acordo final".
Em 6 de dezembro, o anúncio do presidente americano para mover a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, desencadeou a fúria das nações árabes e da comunidade internacional.
Desde a declaração, os Palestinos boicotaram a reunião com autoridades americanas, acreditando que os Estados Unidos não podem mais servir como um parceiro de negociação imparcial.









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