Plinio Corrêa de Oliveira — “Influir no presente e preparar o futuro”
3 de outubro de 2017
Paulo Roberto Campos
Em 3 de outubro de 1995, Plinio Corrêa de Oliveira — que no dia 13 de dezembro daquele ano completaria 87 anos — entregava sua alma a Deus. Bela e generosa alma de um filho devotado à Santa Igreja, que viveu em sua defesa e se caracterizou por um homem de fé, pensamento e ação na luta pela civilização cristã.
Entre suas numerosíssimas grandes obras, destaca-se a fundação da TFP brasileira e a inspiração de movimentos análogos nos 5 Continentes. Neste 22º aniversário do passamento desse inesquecível líder católico, reproduzimos em sua homenagem um trecho de seu “Auto-retrato fIlosófico”.
O trecho, que segue abaixo, é o comentário final que o autor — após “passar em revista” os principais lances de sua vida — faz do magistral documento.
Antes, porém, uma breve explicação.
O Prof. Plinio redigiu tal documento em 1976, a pedido do Pe. Stanislas Ladusãns S.J, a fim de ser inserido na Enciclopédia do Pensamento Filosófico Brasileiro, em vários volumes, que o Padre Stanislas desejava publicar. Esse sacerdote jesuíta, em 1989, pediu ao Prof. Plinio uma atualização de seu “Auto-retrato filosófico”. Mas não pôde ser atendido devido às múltiplas atividades do fundador da TFP brasileira naquele ano. Depois, em 1993, falecera o Pe. Stanislas. Somente em fins do ano seguinte é que o Prof. Plinio pôde atualizar o seu “Auto-retrato filosófico”.
Assim sendo, a revista
Catolicismo publicou esse documento, então inédito, em sua edição de outubro de 1996, em 32 páginas. Recomenda-se a leitura de sua íntegra, que se encontra disponível no
site da revista.
“Influir no presente e preparar o futuro”
“[...] Com efeito, ao ler este retrato filosófico, muitos terão tido em mente, de começo a fim, uma objeção: tudo isto é anacrônico e incapaz de deitar raízes no mundo em que vivemos.
A linguagem dos fatos é outra. No campo das idéias, não existe apenas o antigo e o novo, como quereriam os evolucionistas. Existem também, e sobretudo, o verdadeiro, o bom, o belo e o perene. Em contraposição irreconciliável com o erro, o mal e o disforme. E ao verum, bonum e pulchrum (verdadeiro, bom e belo), significativos setores da juventude hodierna não só permanecem sensíveis, mas engajaram uma marcha de resoluta expansão.
A tradição do perene não é morte, mas vida — vida de hoje e vida de amanhã. De outra maneira não se explicaria este fato patente, que é a repercussão das várias TFPs na mais nova juventude deste nosso novíssimo continente.
Não pretendo ser apenas um defensor do passado, mas um colaborador — com outras forças vivas — para influir no presente e preparar o futuro. Estou certo de que os princípios a que consagrei minha vida são hoje mais atuais do que nunca e apontam o caminho que o mundo seguirá nos próximos séculos.
Os céticos poderão sorrir. Mas o sorriso dos céticos jamais conseguiu deter a marcha vitoriosa dos que têm Fé”.
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