Fé proibida: conheça os países com maiores índices de perseguição religiosa
24, junho, 2014
Torturas, prisões, trabalho escravo e até pena de morte estão na lista de punição para religiosos.
Com a diversidade de religiões no mundo, a intolerância ganha ainda mais forças. A perseguição religiosa fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada na França em 1948. No artigo 18, a lei declara que todo homem é livre para pensar, ter consciência e religião, com liberdade para mudar de religião ou manifestá-la de forma coletiva ou isoladamente.
Porém, apesar de 58 Estados terem ratificado a Declaração, muitos ainda reprimem o direito religioso de seus moradores com penalidades duras, como a pena de morte. Em muitos casos, as pessoas que abandonam a fé adotada pelo país são presas, torturadas e podem perder tudo o que possuem.
De acordo com a instituição Portas Abertas Brasil, que faz a classificação dos países com maior incidência de perseguição religiosa, a lista leva em conta as hostilidades cometidas contra o indivíduo, a família, a comunidade, a nação e a igreja formada.
O primeiro país da lista, a Coreia do Norte, costuma prender religiosos e forçá-los a trabalhar como escravos. De acordo com a ONG internacional Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos, em tradução livre), as atividades religiosas não existem no país e o governo patrocina grupos religiosos que não desafiem a autoridade local para criar uma ilusão de liberdade religiosa.
O país lidera o ranking há 12 anos.
Os ataques têm tido mais força em países do Oriente Médio e da África, por causa do alto índice de diversidade religiosa e intolerância contra grupos considerados ocidentais ou inferiores.
Na Somália, o grupo militante Al Shabaab, fundamentalista islâmico, ataca membros de outras igrejas e templos.
Segundo a Portas Abertas, os 0,04% de cristãos que existem no país são obrigados a praticar sua fé em segredo. Apesar do país ter maioria islâmica e sunita, os ataques às religiões são praticados por insurgentes fundamentalistas.
A Síria ocupa o terceiro lugar da lista geral. Em plena guerra civil, que já dura mais de três anos, quase todas as igrejas e mesquitas das cidades afetadas foram derrubadas em bombardeios.
As forças do governo e os rebeldes continuam em ataques constantes que inibem manifestações religiosas e deslocamento de milhares de refugiados. As cidades com maiores índices de liberdade religiosa se tornaram cidades fantasma.
Com maioria islâmica, o Iraque adota a religião como base para decisões políticas.
Nas cidades de Bagdá e Mosul, cobram-se taxas de não-muçulmanos para diminuição de fiéis em outras religiões. A região curda, que é considerada semi-autônoma também é perseguida.
Em um efetivo clima de guerra, insurgentes sunitas estão ameaçando a liberdade como um todo. Membros do Estado Islâmico do Iraque e do Levante já mataram centenas de pessoas e deslocaram, segundo a Portas Abertas Brasil, mais de 250 famílias.
O grupo fundamentalista, que é uma dissidência da Al Qaeda, é uma das maiores ameaças porque não costuma hesitar em matar opositores ao ideal islâmico.
No Afeganistão, as religiões consideradas ocidentais são vistas como hostis à cultura local e à sociedade. Hindus, budistas e cristãos são minoria no país de maioria muçulmana.
De acordo com a constituição local, a conversão pode ser considerada apostasia e punida com morte. Em pronunciamento, o embaixador do Afeganistão nos Estados Unidos disse que “o governo só não deseja que os princípios de outras religiões dominem o país”.
Em 2010, o Departamento de Estado norte-americano disse que na Arábia Saudita, sexto país no ranking, a liberdade de religião não é reconhecida ou protegida sob lei e que as políticas do governo colocam graves restrições à liberdade religiosa.
Apesar de ter maioria muçulmana, os xiitas da Arábia Saudita sofrem discriminação na educação e na justiça.
Todos os estrangeiros são obrigados a comemorarem as festas do islamismo.
De acordo com a Portas Abertas Brasil, a Maldivas ocupa o sétimo lugar no ranking de perseguição religiosa.
Na constituição local, todos os cidadãos devem ser muçulmanos para viverem nas Maldivas. Para as autoridades, a conversão para outras religiões está associada à perda da cidadania.
Apesar de a Constituição paquistanesa estabelecer o Islamismo como religião do Estado, também prevê que minorias religiosas devem ter condições para manterem suas práticas.
Entretanto, a lei da blasfêmia pode levar à morte pessoas que desprezam o Islã e seus profetas. Para acusar alguém de blasfêmia, não é necessário ter provas, apenas uma acusação formal.
No Paquistão, a palavra de um muçulmano vale pela palavra de dois não muçulmanos, o que colabora para que o país fique no oitavo lugar do ranking.
Em nono lugar, o Irã assegura direitos de liberdade religiosa para cristãos, judeus e zoroastras, apesar de todos eles relatarem perseguição.
No país, é permitido que igrejas ensinem seus credos, porém, são proibidas de fazer isso em persa, língua oficial do país.
No Iêmen, a Constituição declara o islamismo como religião do Estado e a sharia (a lei islâmica) como fonte da legislação.
Todos podem adorar aos seus deuses, porém, o governo proíbe a conversão em massa e de muçulmanos a outras religiões.
Fonte: R7
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