22 de diciembre de 2014

Princesa Cristina da Espanha será julgada por caso de fraude fiscal


Princesa Cristina da Espanha será julgada por caso de fraude fiscal

O Estado de S. Paulo

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22 Dezembro 2014 | 09h 55

Essa será a primeira vez que um integrante da família real espanhola sentará no banco dos réus


Infanta Cristina será julgada por crimes de fraude fiscal
MADRI - A infanta Cristina de Bourbon, irmã do rei Felipe 6.º da Espanha, terá de comparecer a um tribunal para enfrentar acusações de fraude fiscal, informou a alta corte das ilhas Baleares nesta segunda-feira, 22. Ela será julgada por cumplicidade em dois crimes fiscais nos quais o marido, o ex-jogador de handebol da seleção espanhola Iñaki Urdangarin, é acusado.
Essa será a primeira vez que um integrante da família real espanhola sentará no banco dos réus de um tribunal, prolongando o constrangimento para uma família real que busca se afastar de uma investigação de corrupção
As acusações foram apresentadas como parte de uma investigação sobre os negóciosde Urdangarin, acusado de desviar milhões de euros em recursos públicos por meio de sua ONG Fundação Noos. A princesa Cristina e seu marido negam ter cometido qualquer irregularidade.
O juiz instrutor do chamado "caso Noos", José Castro, colocou Cristina como acusada no auto de abertura do julgamento oral nesta segunda-feira. Ele considerou que a acusação popular, feita pelo sindicato Mãos Limpas, é legítima para denunciar judicialmente a irmã do Rei, que pode ser condenada a oito anos de prisão.
O Instituto Noos teria desviado 6,1 milhões de euros (R$ 19,85 milhões) de recursos públicos entre 2004 e 2007. A infanta Cristina e o marido criaram a sociedade Aizoon, a partir de onde supostamente desviaram os fundos ilícitos, fraudando assim à fazenda pública.

Outras 15 pessoas serão julgadas por diferentes crimes neste processo, incluindo o sócio de Urdangarin, Diego Torres, a mulher dele, e Jaume Matas, que foi presidente do Governo regional das Ilhas Baleares e ministro do Meio Ambiente com José María Aznar. /EFE e REUTERS

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