16 de agosto de 2017
Em 800 edições, Catolicismo jamais fugiu à luta
Sempre no bom combate pela causa católica, depositamos aos pés da Santíssima Virgem os 800 números deste mensário — em agradecimento pela indispensável proteção que nos concedeu no decurso do já longo passado de lutas —, e confiamos a Ela nossas futuras publicações, para que as bênçãos de Deus nunca se afastem desta revista, nem de seus beneméritos colaboradores e leitores.
Direção de Catolicismo
Com o presente exemplar, Catolicismo brinda seus leitores com o octogentésimo número de nossa revista! 800 edições sempre pautadas nos princípios perenes da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana; sempre relembrando as verdades cada vez mais esquecidas e denunciando os erros cada vez difundidos; sempre lutando mais ardorosamente em defesa da civilização cristã.
Mesmo enfrentando as questões mais polêmicas, nossa publicação não pactua com o comodismo do “politicamente correto” para agradar certa parcela da opinião pública. Nossa finalidade é a busca da verdade, norteada nos preceitos divinos; nossa resolução diante das leis humanas não é senão afirmar: “Não contradigam a Lei Divina as nossas leis”, como proclama o tradicional hino católico Queremos Deus.
Temendo somente a Deus, Catolicismo, desde sua primeira edição, em janeiro de 1951, nunca temeu defender a verdadeira doutrina da Igreja contra seus adversários; tanto os externos — como os socialistas e comunistas —, quanto os internos — os chamados progressistas, ou da esquerda católica, contaminados por ideias marxistas e adeptos da “Teologia da Libertação”, infiltrados nos meios católicos.
Em matéria socioeconômica, este órgão sempre foi um paladino do direito de propriedade, do princípio da livre iniciativa, do princípio de subsidiariedade, propugnados em documentos do Magistério pontifício.
Mencionamos acima o ano de 1951. Mas, de fato, a origem de Catolicismo é anterior. Com efeito, nascida por iniciativa de Plinio Corrêa de Oliveira — seu principal colaborador até 1995, ano de seu falecimento —, nossa revista é uma continuação da luta travada por ele nas páginas do Legionário, de início uma simples folha mensal fundada em 1927 pela Arquidiocese de São Paulo e com a qual ele começou a colaborar a partir de 1929. Em 1933, após ser nomeado seu diretor, Plinio Corrêa de Oliveira, então deputado federal pela Constituinte, transformou aquela folha no prestigioso hebdomadário oficioso dessa mesma Arquidiocese, dirigindo-o até 1947. Desde então, até a fundação de nossa publicação em 1951, ele constituiu o “Grupo de Catolicismo”, formando uma equipe de redatores católicos contra-revolucionários.
O vínculo entre o Legionário e Catolicismo é incontestável, sendo reconhecido até mesmo pelos adversários. Eis, por exemplo, este depoimento insuspeito:
“Em inícios de 1951 o grupo de Plinio Corrêa de Oliveira funda um novo jornal, o Catolicismo. [...] Para se dar conta de como Catolicismo segue a linha do antigo Legionário, basta notar os títulos de vários artigos publicados sobre a Liturgia. São simplesmente textos traduzidos de documentos pontifícios, sobretudo da ‘Mediator Dei’. Pelos títulos, percebe-se o estilo polêmico [...]
“Podemos dizer com D. Isnard: ‘O Catolicismo repete o Legionário. Segue a linha do antigo Legionário. Isto é, prossegue na leitura dos documentos pontifícios sob o ponto de vista ‘condenador’, para combater o ‘Liturgismo’ (ou ‘liturgicismo’). [...] Como ponto positivo, ressaltaríamos a persistência com que este grupo continua a sua luta pela preservação da ortodoxia católica”. (José Ariovaldo da Silva, OFM, O Movimento Litúrgico no Brasil, Vozes, Petrópolis, 1983, pp. 328-330).
* * *
Para a presente edição comemorativa do octogentésimo número de Catolicismo, nada melhor do que uma entrevista com seu próprio idealizador e sustentáculo, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira [foto abaixo], na qual diz, entre outras coisas, o que ele desejava deste mensário. Esta entrevista foi publicada em janeiro de 1991.
“O estilo é o homem”, observou o escritor francês Georges-Louis Leclerc, pondo assim em realce que a marca distintiva, única e inconfundível de uma produção artística — literária, musical ou outra — lhe advém de seu autor. Toda revista que se preze possui também, a seu modo, um estilo, decorrente de certa orientação geral, de uma inspiração que ela recebe.
Quem analisar detidamente a trajetória de Catolicismo encontrará nela um estilo — não apenas literário, mas que inclui a escolha de matérias, o modo de analisá-las, comentá-las, mesmo a paginação —, um trans-estilo se se preferir. Qual é ele? É natural que a revista reflita características e virtudes de seu inspirador, das quais nasce o trans-estilo da publicação.
Vir totus catholicus et apostolicus plene romanus (Varão católico, todo apostólico, plenamente romano) é bem um qualificativo que cabe a Plinio Corrêa de Oliveira. Antes de tudo, esse qualificativo lembra uma fé inquebrantável — ela também apanágio de nossa revista. Fé indissociável de uma pureza ilibada — sempre defendida com denodo por nosso periódico, em meio ao lamaçal de impureza do mundo contemporâneo.
Além disso, o verdadeiro vir catholicus é dotado de um espírito seletivo e hierárquico, que ordena todas as coisas, buscando alcançar aquela ponta de elevação e de requinte, por onde elas mais se assemelham a Deus. Tal é o espírito que preside toda a concepção teológica, filosófica, político-social e cultural de Catolicismo.
Porém, o vir catholicus, sendo também apostolicus, é igualmente combativo. Não se compreende um amor cheio de zelo pelo bem que não lute contra os males que o assaltam. Combate leal e cavalheiresco, é verdade, mas implacável e sem tréguas contra os inimigos de Deus, hoje prototipicamente representados pela Revolução igualitária, imoral e gnóstica que assola o mundo todo.
Ora, se há uma virtude que bem caracteriza nossa revista, é a fortaleza contra-revolucionária, dotada ademais de uma sensibilidade marcante em relação às manifestações de bem e de mal em nosso século. Com uma noção claríssima de que todas as posições intermediárias — mesmo quando na aparência estáveis — caminham para um dos dois polos: o do Sumo Bem, Deus, ou o do Mal que leva ao inferno.
Aí estaria, em resumo, o trans-estilo de um homem e de uma revista por ele inspirada — como se poderá confirmar na entrevista que segue.
“Posto ante o início de penetração progressista no Brasil, nos anos 40, o Legionáriolutou rudemente, e Catolicismo pretendia lutar ainda mais. E é o que vem fazendo com exemplar fidelidade e dedicação. De outro lado, o Legionário fora um campeão do anticomunismo nos meios católicos, o que teve sua continuidade em Catolicismo”.
Catolicismo — Que metas o senhor e o chamado “grupo do Legionário” tinham em vista quando constituíram o corpo redatorial de Catolicismo?
Plinio Corrêa de Oliveira — As metas eram as mesmas que se apresentavam para o Legionário, órgão oficioso da Arquidiocese de São Paulo, no momento em que ele saiu de nossas mãos.
E digo “quando saiu de nossas mãos” porque, nessa época, era muito diferente a situação dos meios católicos brasileiros daquela existente em meados da década de 30, anos a que correspondem minhas primícias como diretor do jornal.
De fato, a Igreja Católica no Brasil acabava de obter um grande triunfo. Com a promulgação da Constituição de 1934, a laicização do Estado brasileiro –– introduzida pelos fundadores da República, através da Constituição de 1891 –– passava a ter uma tonalidade muito menos categórica. Pelo regime vigente desde 1891, o ensino era leigo, a Constituição não era promulgada em nome de Deus, não havia capelanias nos hospitais nem nos quartéis, e a colaboração entre a Igreja e o Estado se cifrava, de modo geral, a alguns pontos limitados e quase irrelevantes.
Pelo contrário, a Constituição de 1934 foi promulgada em nome de Deus, estabeleceu o ensino religioso nas escolas, as capelanias nas Forças Armadas, nos estabelecimentos penitenciários, nos hospitais do Estado etc.; e sobretudo consagrou como dispositivo constitucional a indissolubilidade do vínculo conjugal, admitindo também efeitos civis para o casamento religioso.
Isso tudo, para quem havia sido formado na escola de rígido laicismo do regime de 1891, representava uma influência muito grande da Igreja. Influência decorrente da vitória obtida pela Liga Eleitoral Católica nas eleições para a Constituinte de 1934.
Nessas condições, o Legionário era um órgão muito adequado, por sua influência sobre o movimento mariano — principal força integrante do movimento católico daquele tempo — para conduzir uma luta com a intenção de ampliar o mais possível, em nossas leis e nossos costumes, a influência benéfica da Santa Igreja Católica no Brasil; e acabar com os restos de laicismo, que ainda existiam em nossa legislação.
Porém, no final de 1947, quando o Legionáriosaiu de nossas mãos, encontrávamo-nos na orla de um período de tempestade interna nos meios católicos, tempestade essa que não veio senão crescendo até o inimaginável em nossos dias. E a quase totalidade das pessoas de então não tinha ideia das terríveis consequências a que nos arrastaria aquele mal incipiente.
Assim, por exemplo, a série de atitudes de franca revolta que os padres da esquerda católica tomaram contra o Arcebispo de Recife, D. José Cardoso Sobrinho, repercutiria naquela época como um escândalo incrível e impensável em todo o Brasil católico. A divisão dos católicos parecia uma situação mórbida, e o é realmente. Hoje ela está se tornando um espetáculo tristemente banal dentro da vida cotidiana…
Posto ante o início de penetração progressista no Brasil, nos anos 40, o Legionário lutou rudemente, e Catolicismo pretendia lutar ainda mais. E é o que vem fazendo com exemplar fidelidade e dedicação.
De outro lado, o Legionário fora um campeão do anticomunismo nos meios católicos, o que teve sua continuidade em Catolicismo.
Catolicismo — Tais metas vêm sendo atingidas pela revista ao longo de sua existência? De que forma?
Plinio Corrêa de Oliveira — Antes de tudo, essas metas têm sido objetivadas por Catolicismo através de uma pregação escrita, sistemática, metódica, inteligente, de verdadeira eficácia, contra o que representa hoje o pior inimigo. Ou seja, não só o comunismo e o socialismo expressamente tais, mas as formas mais ou menos veladas do que eu chamaria “comunismo-católico” e “socialismo-católico”.
De outro lado, também contra o progressismo a revista tem conseguido grandes resultados, pelo próprio fato de sua divulgação e pelo valor da matéria que nesse sentido tem publicado.
Logo que Catolicismo começou a circular — parece-me sobretudo importante realçar — agrupou em torno de si simpatias em vários estados da Federação nacional, e a partir delas formaram-se grupos de rapazes entusiastas da revista, que compareciam às anuais Semanas de Estudos por nós promovidas.
Essas Semanas de Estudos atingiram seu auge no Congresso de Serra Negra (1961), que na época representou um grande sucesso, tendo a ele comparecido cerca de 400 pessoas. As Semanas de Estudos, nesse sentido, morreram por excesso de crescimento. Quer dizer, pareceu-nos menos eficaz congregar grande número de pessoas — o que acarretava, inclusive, uma despesa muito considerável — do que reunir pequenos grupos ao longo do ano, para manterem contatos e trocarem pontos de vista com os dirigentes de Catolicismo.
Foi a concatenação de todos esses grupos que possibilitou a formação da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, a tão celebrada e tão odiada TFP, hoje em dia conhecida em todos os rincões do País.
Há aqui um aspecto a salientar. Pressupõe-se geralmente, como indispensável para que uma organização prospere, e seja conhecida, que ela conte com o apoio da mídia. Ora, desde o início a mídia fechou-nos as portas. Porém, por meio da propaganda de rua — feita pelos nossos sócios e cooperadores, ostentando nossas insígnias — conseguimos uma notoriedade tal que, sem o apoio da mídia, a TFP é uma das organizações mais conhecidas no Brasil.
E não só no Brasil; ela é conhecida em muitos outros países, onde se abriram “bureaux-TFPs ou TFPs coirmãs e autônomas, que ali difundem os ideais da tradição, família e propriedade. Assim, nós temos um belo fenômeno de exportação doutrinária e ideológica feita pelo Brasil, creio que sem precedentes na História nacional.
Catolicismo — Qual o sentido do título da revista? Não será ele muito categórico para o relativismo do homem moderno, no qual a própria fé se vai evanescendo?
Plinio Corrêa de Oliveira — A pergunta é muito compreensível, mas ela joga com vários conceitos que, pelo próprio fato do relativismo imperante, já não são tão claros.
Em primeiro lugar, o que é o homem moderno? Antigamente se entendia como homem moderno quem era favorável a todas as transformações que o mundo sofrera desde a Revolução Francesa até nossos dias; e, mais ainda, favorável às mudanças que o mundo sofreria mais tarde, segundo se pressentia, em virtude da persistência dos princípios da Revolução Francesa na ponta da propaganda internacional.
É ainda esse o conceito de homem moderno, hoje em dia? Não me parece claro. Por exemplo, 30 anos atrás, ser monarquista era tido por antiquado, considerava-se moderno ser republicano. Atualmente não é mais assim. Vemos pessoas reputarem as restaurações monárquicas como sendo o auge da modernidade. É característica nesse sentido a volta da monarquia na Espanha. Então, o homem moderno é monarquista ou republicano? Também não se tem elementos claros para saber.
De outro lado, o homem moderno, o cidadão do mundo de hoje, já passa por antiquado para outro tipo de homem que vai surgindo; para os ecológicos e os verdes, por exemplo, um burguês comum é antiquado quase como um troglodita, como seria antiquado um entusiasta da monarquia de Luís XIV no ano de 1950.
É preciso, portanto, definir os conceitos para podermos conversar sobre o assunto. Pois se se entende por homens modernos aqueles que vivem hoje em dia, então moderno tem o mesmo sentido de hodierno. Para esses homens, a palavra Catolicismo tem sentidos variados, de acordo com os matizes psicológico, mental e ideológico de cada um deles.
Para alguns representa a Igreja de sempre, a verdadeira, única e santa Igreja Católica Apostólica Romana, com sua doutrina fixa, imutável, hoje combatida por inimigos não só externos, mas também internos. É a acepção que tem para muitos católicos, entre eles os da revista Catolicismo.
Para outros, Catolicismo representa uma igreja inteiramente em evolução, eu diria em fase de destruição, um outro poderia dizer em fase de autodemolição, segundo a famosa expressão empregada por Paulo VI. Portanto, neste sentido, Catolicismo seria como um bólido solto pelas vias da História, em contínua transformação, sofrendo mudanças que seriam mais radicais ou menos segundo a mentalidade de cada um.
A respeito desta última noção do que seja Catolicismo, cabe uma observação. O que pensar de uma religião católica em perpétua transformação? Que se trata de um catolicismo relativista, com tudo quanto ele representa, ao mesmo tempo, de destruidor e de arruinado, tendente por fim a se dissolver. Dele se pode pensar tudo, menos que seja verdadeiramente sério como ideologia e como doutrina. Aliás, a própria palavra ideologia é muito mal-empregada quando se trata de assuntos de Fé. A Fé católica não é uma ideologia; é uma Revelação feita por Deus ao homem, e que um Magistério instituído pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo e revestido do carisma da infalibilidade — sobretudo naquele que é o ápice desse Magistério, o Papa, ensina com as garantias de verdade que a infalibilidade traz consigo.
Catolicismo — Que perspectivas o senhor vê para o futuro da revista, nesta época em que os valores por ela defendidos parecem ir desaparecendo?
Plinio Corrêa de Oliveira — Catolicismo não é tanto uma revista que se destine a transferir para o seu próprio campo os leitores que não concordam com ela, quanto de obter outros resultados.
Em primeiro lugar, atrair e aglutinar as pessoas de mentalidade idêntica a ela, que se encontram esparsas mais ou menos por toda parte, mas em condições minoritárias. Trata-se de transformar essa minoria, aparentemente insignificante porque constituída de elementos esparsos e sem coordenação, em uma minoria aglutinada, ordenada, estruturada. Isto representa para essa minoria um grande êxito, pois se poderá ver que ela é muito maior do que parece à primeira vista.
Em segundo lugar, Catolicismo tem como finalidade comunicar aos elementos hoje esparsos, e por causa disso pouco atuantes, o entusiasmo e a coragem que toda organização bem orientada confere a seus membros.
Por fim, Catolicismo visa também atuar junto às pessoas que têm ideias afins, ou então simpatizam com as que são defendidas pela revista, levando-as a lutar ativamente por esses ou aqueles pontos de vista que têm em comum conosco. Como se vê, trata-se aí da formação de uma considerável frente única, que pode depois ter resultados surpreendentes na vida nacional.
Com efeito, eu tenho observado que as teses sustentadas pela TFP são tidas por muitas pessoas como inviáveis; mas, desde que elas as considerassem viáveis no mundo de hoje, adeririam a essas teses com calor. A partir do momento em que nós sejamos uma minoria atuante e bem estruturada, seremos tidos como mais viáveis, e a partir desse momento veremos a adesão a nós como uma bola de neve que vai rolando em avalanche do alto da montanha: cada dia representaria novas incorporações ao movimento que nós constituímos.
Catolicismo — O senhor gostaria de acrescentar algo, tendo em vista a edição comemorativa de Catolicismo?
Plinio Corrêa de Oliveira — Sim, esse algo é apresentar a todos os leitores da revista, e naturalmente, a fortiori, aos que colaboram na direção e na confecção dela, as minhas felicitações muito cordiais e sinceras.
Com efeito, representa qualquer coisa de grande valor, que um homem ou um grupo de homens, movidos por um alto ideal, tenham a coragem de se reunir e de proclamá-lo mesmo quando tal ideal não é o da maioria, e quando os meios de comunicação social apresentam a maioria como sendo muito mais ampla e muito mais forte do que ela na realidade é.
O homem tem, por seu próprio instinto social, uma tendência a concordar com a maioria, que chega até à subserviência. Por exemplo, no grande número de soldados que costumam atender à convocação militar e ir para a guerra, uma parte muito ponderável é movida pelo patriotismo; mas há uma outra parte, cuja amplitude as estatísticas não podem revelar porque o fenômeno não é atingível pelos meios de observação comuns — que, embora não ousando dizê-lo, preferiria muito mais não se expor ao risco da guerra. E esses soldados entretanto vão para a guerra, por medo do ridículo em que incorrerão se se souber que eles não quiseram ir, porque tiveram medo.
Ou seja, o homem chega a ter mais medo da gargalhada e do vexame que ele possa sofrer na retaguarda, do que do tiro mortífero disparado contra ele no front de batalha. Isso prova bem quanta tendência o homem tem de portar-se de modo servil em relação à maioria.
Eu, portanto, elogio a coragem desses meus companheiros de ação, valorosamente minoritários, animados por um espírito de fé indomável e por uma grande confiança na Providência. Estendo essa homenagem a todos os benfeitores de Catolicismo, sem os quais nossa revista seria impraticável e a estendo também aos propagandistas e leitores dela.
Isto tudo faz com que uma máquina crescente de simpatias, de apoios, de entusiasmos vá se avolumando em torno de nós, de maneira tal que, em breve, nós causaremos surpresas a muita gente.
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario