15 de febrero de 2016

Thomas L. Friedman - AS MUITAS SOLUÇÕES PARA O ORIENTE MÉDIO (“The Many Mideast Solutions”)



AS MUITAS SOLUÇÕES PARA O ORIENTE MÉDIO  (“The Many Mideast Solutions”)


 

The Opinion Pages | OP-ED COLUMNIST

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Thomas L. Friedman 

Quem quer que seja eleito presidente dos EUA, terá de tratar com um Oriente Médio diferente. Será um Oriente Médio preparado para lutar pela solução do Estado único, uma solução de nenhum Estado, uma solução de não Estado e uma solução de Estado criminoso. Ou seja, uma solução de Estado único em Israel, uma solução de não Estado em Síria, Iêmen e Líbia, uma solução de não Estado oferecida pelo Estado Islâmico e uma solução de Estado criminoso oferecida pelo Irã. Comecemos por Israel. O processo de paz está morto. O próximo presidente americano terá de tratar com Israel, com sua determinação de ocupar permanentemente todo o território entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, incluindo a área onde moram 2,5 milhões de palestinos na Cisjordânia. Como chegamos lá? Tantas pessoas apunhalaram o processo de paz que é difícil saber quem dará a estocada letal. Acaso foram os colonos judeus determinados a expandir seus assentamentos na Cisjordânia? Foram os bilionários judeus de direita que usaram sua influência para enfraquecer toda crítica a Binyamin Netanyahu? Ou foi o próprio Netanyahu, cuja sede de poder só é superada pela falta de imaginação para encontrar uma separação segura dos palestinos? Bibi ganhou: agora é uma figura histórica - o pai fundador da solução de um Estado único. E o Hamas é a mãe. O Hamas disparou um foguete tão perto do aeroporto de Tel-Aviv que os EUA suspenderam por um dia todos os voos americanos, enfatizando aos israelenses, pombas ou falcões, o que poderia acontecer se eles abrissem mão da Cisjordânia. Mas o Hamas não estava sozinho. O presidente palestino, Mahmud Abbas, demitiu o único premiê palestino eficiente, Salam Fayyad, que se dedicara a combater a corrupção e a provar que os palestinos mereciam um Estado. O que todos fizeram foi matar a solução dos dois Estados. Que comece, então, a era do Estado único. Ela implicará em uma longa guerra civil entre palestinos e israelenses e um crescente isolamento de Israel na Europa. Ao mesmo tempo, a Síria, desprovida de qualquer tipo de Estado - uma Síria de Bashar Assad e o controle apenas parcial dos seus patrocinadores russos e iranianos - será uma facada no peito produzindo uma hemorragia de refugiados pela Europa. Tenho certeza de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está bombardeando deliberadamente os sírios contrários ao regime com o intuito de fazer com que fujam para a Europa na esperança de dividir a União Europeia, sugar seus recursos e torná-la uma rival enfraquecida da Rússia e uma aliada enfraquecida dos EUA. 

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