Parada [homosexual] de Jerusalém celebra seu 10
aniversário
O ESTADO DE SÃO PAULO
02 de agosto de 2012 | 19h
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JERUSALÉM - A cidade de Jerusalém, habituada ao conservadorismo
por abrigar diversos lugares sagrados para as três religiões monoteístas, foi
tingida com as cores do arco-íris nesta quinta-feira, 2, para celebrar o décimo
aniversário da Parada [Homosexual]. Integrantes da comunidade de homossexuais,
lésbicas e transexuais se concentraram em um parque do centro da cidade para
comemorar o evento que parece ser mais aceito nos dias de hoje, mas que há dez
anos trava uma autêntica batalha contra os setores ultraortodoxos.
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"Esta é uma oportunidade
para pensar em todas as mudanças que ocorreram em Jerusalém nestes últimos dez
anos", disse Elinor Sidi, presidente da Open House, uma das instituições
que representa a comunidade gay em Israel. Segundo a ativista, não existem mais
ataques físicos aos [homosexuales] em Jerusalém. No entanto, "apesar das
mudanças", Elinor ressalta que ainda há muito que fazer.
Vestidos com trajes coloridos e
extravagantes, os participantes, que eram acompanhados por um grande
contingente policial, marcharam desde o Parque da Independência até o Parque
Gan HaPaamon (Sino da Liberdade), onde os discursos deram espaço a uma grande
festa. Por conta do risco de um possível ataque por parte de extremistas da
comunidade aultraortodoxa, fato que já ocorreu em edições anteriores, câmaras
aéreas acompanhava o evento para garantir a segurança dos participantes.
De acordo com Elinor, essa
medida de segurança e o grande desdobramento seguem uma política preventiva,
mas não há nenhuma ameaça concreta. Em sua mensagem aos participantes, a
ativista se referiu aos avanços que a comunidade realizou na cidade nestes
últimos anos que, segundo sua ela, não significam que "tenham
normalizado" a vida dos homossexuais em relação ao restante da população.
"Ainda há alguns atos de
violência (não necessariamente física) pela rejeição das pessoas. É mais
difícil ser homossexual e lésbica em Jerusalém do que em Tel Aviv e
Haifa", afirmou a ativista, que ressaltou que nestas duas cidades, muito
mais liberais, a prefeitura contribui com as despesas da passeata.
Nos dias que antecederam a
marcha, porta-vozes da comunidade ultraortodoxa expressaram muitas rejeições em
relação à Parada Gay em Jerusalém, a qual, segundo eles, "contamina"
a cidade. A lei religiosa judaica descreve a homossexualidade como uma
"abominação".
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